Porto, capital do norte de Portugal
O Porto é a cidade mais importante do norte de Portugal, situada a noroeste da Península Ibérica e na margem direita do rio Douro, com um clima temperado de temperaturas médias em Junho entre os 15º C e os 25ºC. O Outono e o Inverno são rigorosos, chuvosos e ventosos, com temperaturas a oscilar entre os 5º C e os 14º C. A capital do Norte recebeu o prémio de Melhor Destino Europeu em 2014 dado pela organização europeia European Best Destinations.
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O Porto é mundialmente conhecido pelo seu vinho, pela arquitetura, por ser Património Cultural da Humanidade pela UNESCO desde 1996, pela sua gastronomia e pela hospitalidade das suas gentes. É a cidade que deu o nome de Portugal através da junção de duas palavras, Cale (atual Vila Nova de Gaia) e Portus (atual Porto). As pessoas nascidas no Porto são conhecidas como “tripeiros” porque em 1415 a população desta cidade ofereceu toda a carne disponível às tropas que iam invadir Ceuta em Marrocos, ficando apenas com as tripas para comer. Com elas criaram um prato único no país: as Tripas à Moda do Porto. O Porto é também designado de “Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta” devido à coragem das suas gentes, por nunca ter sido ocupada por potências estrangeiras e nunca ter tido um senhor a governá-la. No Porto nasceram ou viveram figuras importantes da história de Portugal como o Infante D Henrique, principal responsável pelos Descobrimentos Portugueses, ou figuras de relevo mundial como a escritora JK Rowling. A escritora britânica inspirou-se no Porto e na livraria Lello, em particular, para criar a personagem de ficção Harry Potter e a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
Locais a visitar no Porto (top 10)
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1. Igreja e Torre dos Clérigos: A Igreja e Torre dos Clérigos é o ex libris do Porto, localizada na Rua de São Filipe de Nery. A Torre dos Clérigos foi durante muitos anos a torre mais alta do Porto e desempenhou várias funções, nomeadamente: Aviso da chegada dos barcos à Ribeira e do dinheiro que vinha de Inglaterra; Relógio; Era através dos sinos que se assinalava a morte de um Rei ou o nascimento de um Príncipe; O Meridiana era um morteiro lançado a partir do campanário da torre para informar a cidade do horário do meio-dia.
A Igreja e Torre dos Clérigos foram construídos a mando da Irmandade dos Clérigos, criada através da fusão de três confrarias no ano de 1707: Confraria de Nossa Senhora da Irmandade dos Clérigos, Irmandade de São Pedro e a Congregação de São Filipe Nery. O projeto de construção surgiu devido à necessidade da Irmandade dos Clérigos terem uma sede e um hospital que apoiasse os membros mais pobres. Foi inaugurada em 1763 no estilo Barroco com um projeto do italiano Nicolau Nasoni (1691-1773), um artista italiano natural da Toscana e que chegou a Portugal em 1725 a convite de Frei Roque de Távora e Noronha, irmão do Deão da Sé do Porto, tendo vivido na cidade até morrer em 1773. Nasoni foi responsável por vários projetos, nomeadamente a renovação da estatuária da Capela-Mor da Sé do Porto, Igreja da Misericórdia, tetos do Palácio do Freixo, tetos da Sé Catedral de Lamego, Igreja do Senhor do Bom Jesus de Matosinhos, Igreja de Santa Marinha em Vila Nova de Gaia e pelo Palácio de Solar de Mateus em Vila Real.
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Em destaque Na Igreja dos Clérigos: O brasão de armas da Irmandade dos Clérigos; a capela-Mor com retábulo em estilo Rococó da autoria de Manuel dos Santos Porto; os altares do Santíssimo Sacramento, de Nossa Senhora das Dores, de Santo André Avelino de São Bento; as esculturas de madeira a representar os co-padroeiros da Irmandade dos Clérigos: São Pedro ad vincula e São Filipe Nery; o órgão de tubos ibéricos de 1774 da autoria de Dom Sebastião Ciais Ferraz da Cunha; a estátua a representar Santo Emídio, o Santo Padroeiro das Catástrofes Naturais. Esta estátua foi oferecida por Lisboa para proteger a cidade nortenha de terramotos; e o trono em mármore policromado onde é possível observar a estátua da padroeira Nossa Senhora da Assunção.
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Na Torre dos Clérigos: A torre foi inaugurada em 1763, tem como destaque uma altura de 75 metros, que permite ser avistada de qualquer parte da cidade do Porto, 225 degraus e 49 sinos; uma cruz de ferro; a imagem de São Paulo por cima da porta de entrada; e uma vista panoramica de 360º sobre a cidade do Porto, o Oceano Atlântico, o Rio Douro e Vila Nova de Gaia.
No Museu da Irmandade dos Clérigos: podemos reviver a vida quotidiana dos membros da Irmandade dos Clérigos e conhecer o salão Nobre, uma antiga Casa do Despacho podemos observar os retratos pintados a óleo a representar os presidentes, tesoureiros e beneméritos da Irmandade; a sala do Cofre, com destaue para a exposição de peças de ourivesaria e o cofre forte; a sala Nasoni, local do antigo Cartório, onde eram guardados os documentos da Irmandade. Aqui podemos observar a mesa-papeleira onde Nicolau Nasoni trabalhava; o coro Alto, o espaço utilizado pelo Coro e pelos membros da Irmandade dos Clérigos. Aqui encontram-se expostos paramentos (vestuário religioso) e a Urna da Quinta-Feira Santa projetada por Nicolau Nasoni; a enfermaria, que funcionou até ao final do século XIX e acolhe a ~Coleção Corpus Christus, doada por António Cipriano Miranda. Esta exposição encontra-se organizada no três núcleos: Núcleo da Paixão; Viagem das Formas; e Imagens de Cristo; e a sala do Núcleo da Paixão, onde podemos observar os Passos da Paixão de Cristo, nomeadamente: Predestinação, Julgamento, Caminho para o Calvário, Calvário e Ressurreição.
2. Igreja de São Francisco: A Igreja de São Francisco é uma das igrejas mais importantes da cidade do Porto, localizada na Rua de São Francisco. A igreja tem um estrutura física em estilo Gótico e a decoração interior em estilo Barroco, é uma das igrejas mais exuberantes do país devido aos mais de 300 kgs em talha dourada que foram usados para revestir o interior da estrutura medieval. O Convento de São Francisco do Porto foi inaugurado em 1233 e a Igreja em 1264, tendo sido sucessivamente alterados entre os séculos XIV e XIX. A igreja atual foi projetada por Teodoro de Sousa Machado entre 1795 e 1805, com os seguintes pontos de interesse:
- Igreja: esta estrutura é constituída por três naves, cinco tramos e 15 retábulos, painéis decorativos de madeira ou pedra. Os destaques são:
- Árvore da Vida: a Árvore da Vida foi reconstruída entre 1718 e 1721 por Filipe da Silva e António Gomes, que eram considerados dos maiores mestres entalhadores da cidade do Porto Esta árvore foi edificada no Retábulo de Nossa Senhora da Conceição e representa a árvore genealógica da Sagrada Família com a Virgem Maria no topo da árvore, Jessé, pai de David, no centro do tronco da árvore, vários reis da tribo de Judá, Cristo no topo da árvore. A Árvore de Jessé representa as 14 gerações que separam Jessé de Cristo, incluindo David, Salomão e a Virgem Maria. As Árvores da Vida ou Árvores de Jessé, foram construídas em toda a Europa a partir da primeira, que foi representada nos vitrais da Basílica de Saint-Denis em Paris no ano de 1144. Em Portugal é possível observar Árvores da Vida em alguns locais, nomeadamente Igreja de São Francisco no Porto, na Igreja do Convento de São Francisco em Estremoz, na Igreja de Santa Maria de Beja, na Igreja do Colégio de São Paulo de Braga, na Igreja Matriz de Caminha, na Igreja do Senhor do Bom Jesus em Matosinhos;
- Rosácea: é a única estrutura que resta da construção original do século XIII. A rosácea é relativamente pequena e tem a forma de um pentagrama;
- Capela-Mor: com destaque para o Túmulo da família dos Pais Menezes, Marqueses de Abrantes e Condes de Matosinhos;
- Retábulo dos Mártires de Marrocos: O Retábulo dos Mártires de Marrocos foi criado por Manuel Pereira da Costa Noronha em 1750 para homenagiar o sacríficio de cinco padres franciscanos degolados em Marrocos no ano de 1220. Este episódio é particularmente importante para Portugal porque os cinco padres foram os primeiros missionários enviados por São Francisco para o Norte de África, passaram por Coimbra e estiveram com Fernando de Bulhões, futuro Santo António, no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra antes de partirem para Marrocos. Os Cinco Mártires de Marrocos eram Frei Vital, Sacerdote e Pregador da Primeira Ordem Franciscana, Frei Berardo de Carbio, conhecido pelas capacidades de pregação e natural de Carbio em Itália, Frei Otto, Sacerdote, Frei Pedro de Santo Geminiano, Diácono, natural de Geminiano em Florença, Frei Adjuto e Frei Acursio, Irmãos Professos. Estes cinco padres franciscanos passaram pela Andaluzia, ainda muçulmana, onde foram condenados por tentarem convencer o líder islâmico a ser batizado. O Emir de Sevilha ordenou a deportação para Marraquexe, onde foram recebidos na residência do Infante Dom Pedro, irmão de Dom Afonso II. Os missionários decidiram continuar a evangelização contra os vários avisos feitas pelas autoridades muçulmanas e pelo Infante Dom Pedro. Os padres acabaram por ser degolados por ordem do Califa Almóada Yusuf al-Mustansir, conhecido por Miramolim de Marrocos. Os cadáveres foram recuperados por Dom Pedro e enviados para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde ainda hoje é possível observar as relíquias em cinco relicários. Este episódio da História da Ordem de São Francisco é importante para Portugal devido à formação do Reino Português que ainda estava no início e necessitava de legitimação política através da religião; e ter sido o sacrifício destes cinco irmãos franciscanos que originou a adesão à Ordem de São Francisco por Fernando de Bulhões, futuro Santo António.
- Capela de São João Batista: é a Capela da família Carneiros, mandada construir por João Carneiro, antigo mestre-escola da Sé de Braga em 1500. A capela é composta por uma estrutura física do século XVI e construída em estilo Manuelino, da autoria de Diogo de Castilho; com pintura do século XVI a representar São João Batista, importada da Flandres (atual Bélgica), para o Porto.
- Retábulo do Martírio no Japão: 23 Mártires Franciscanos do Japão crucificados publicamente na cidade japonesa de Nagasaki a 5 de Fevereiro de 1597. O Vaticano optou pela canonização em 1627;
- Capela Sepulcral de Luís Álvares de Sousa: A Capela Sepulcral do terceiro Conde de Baião, Luís Álvares de Sousa, foi inaugurada em 1474. Nesta capela há a destacar uma das pinturas murais mais antigas de Portugal a representar a Senhora da Rosa, da autoria de António de Florentim;
- Capela de Nossa Senhora da Soledade: construída em 1765 e executada por Francisco Pereira Campanhã, é considerada a obra-prima do estilo Rococó da cidade do Porto;
- Capela de Nossa Senhora da Conceição: com destaque para ~Árvore da Vida; a escultura em pedra a representar Nossa Senhora da Conceição; e o altar de Nossa Senhora da Boa Viagem;
- Museu de São Francisco: um espaço museológico onde podemos visitar a Sala do Tesouro, a Sala das Sessões e o Cemitério, localizado na Casa do Despacho. A Casa do Despacho foi inaugurada em 1749 com um projeto da autoria de Nicolau Nasoni com uma fachada com as típicas grades de ferro e o brasão da Ordem por cima da porta de entrada, arquitetura de Nicolau Nasoni; a Sala do Tesouro, com a exposição permanente sobre a história da Venerável Ordem Terceira de São Francisco e a sua relação com a cidade do Porto; e a Sala das Sessões, onde estão expostos telas a óleo a representar benfeitores da instituição; telas a representar a morte de Santa Margarida de Cartona; telas com representação da Virgem com o Menino; o Retábulo de Cristo na Cruz em talha dourada, da autoria de José Teixeira Guimarães; o teto da autoria de José Martins Tinoco decorado com dois brasões com as armas da Ordem, de Dom José e Dona Maria Ana Vitória; as 14 cadeiras de braços datadas de 1748; e a Custódia de prata dourada em estilo Dom João V, com 14 kgs e uma estrela de 16 pontas decorada com pedras preciosas;
- Cemitério Catacumbal: construído após o incêndio que deflagrou na Igreja e Convento de São Francisco em 1746, devido o facto de não existirem cemitérios públicos no Porto (o primeiro cemitério público foi o Cemitério da Lapa construído em 1833) e com o objetivo de sepultar os benfeitores e frades da Ordem. Este espaço teve inspiração nas Catacumbas Romanas e inclúi os túmulos de todos os benfeitores da Ordem entre 1749 e 1866. Os principais pontos de interesse são o Altar com talha dourada em estilo Barroco; o Ossário Comum utilizado a partir de 1751, ano em que foi aprovado um decreto no qual se definiram os locais onde os frades e benfeitores eram sepultados caso não existisse espaço nas catacumbas;
- Cofres-Urnas: construídos em 1746.
3. Palácio da Bolsa: é a sede da Associação Comercial do Porto, localizado na Rua Ferreira Borges. O Palácio da Bolsa é a homenagem da cidade do Porto aos comerciantes portuenses e ingleses, às virtudes do Comércio (Imaginação, Iniciativa, Determinação, Diálogo e Prosperidade) e é o local onde é possível observar toda a mitologia portuense. O Palácio da Bolsa começou a ser construído após um incêndio que deflagrou no Convento de São Francisco em 1832 num terreno expropriado devido à extinção das Ordens Religiosas em 1834. O terreno foi doado em 1841 por Dona Maria II ao primeiro Presidente da Associação Comercial do Porto, Ferreira Borges (1786-1838), para ser a sede dos comerciantes portuenses. Ferreira Borges foi um Supremo Magistrado do Comércio portuense, defensor dos ideais do Liberalismo Político e Económico, autor do Código Comercial Português em 1833, um dos fundadores da Associação Comercial do Porto e do Tribunal do Comércio do Porto. O edifício do Palácio da Bolsa foi projectado por Joaquim da Costa Lima e construído em vários estilos, nomeadamente Neoclássico, Paladiano Inglês, Romantismo e Neo Árabe. Os principais pontos de interesse são:
- Salão Árabe do Palácio da Bolsa é a principal atração do palácio e considerada por muitos a “sala de visitas da cidade do Porto”. O Salão Árabe demorou dezoito anos a ser construído em gesso, madeira e folha de ouro, entre 1862 e 1880 e foi projetada por Gustavo Adolfo Gonçalves e José Marques da Silva, em estilo Neo Árabe. Este salão tem um grande simbolismo para o palácio e para a cidade, pois representa a independência do Porto em relação ao centralismo de Lisboa e realça a importância dos homens de negócios, empreendedores, comerciantes e industriais na cidade. A decoração da sala apresenta várias caraterísticas, nomeadamente: a porta de entrada propositadamente descentrada em relação à própria sala devido à perfeição só existe em Alá. Esta situação é comum na maioria das mesquitas muçulmanas; a caligrafia árabe nas paredes e no teto: em fundo magenta com uma inscrição em árabe a dizer “Glória a Alá”; no teto as inscrições pintadas em fundo azul com as palavras “Alá protegerá a Sultana Dona Maria II”; e um escudo com fundo verde com a inscrição “Ninguém está acima de Alá”; Brasão da cidade do Porto localizado por cima da entrada do Salão Árabe, é o brasão aprovado no dia 14 de Janeiro de 1837 por Dona Maria II. A rainha de Portugal aprovou este brasão como forma de reconhecimento pela coragem da população portuense demonstrada durante o Cerco do Porto na Guerra Civil que opôs Liberais e Absolutistas (1828-1834). O brasão da Sala Árabe é considerado como o verdadeiro brasão da cidade do Porto pelos portuenses, representado com o Dragão a encimar o brasão; a presença da coroa; as Armas de Portugal; e o escudo a representar Nossa Senhora da Vandoma, a Santa Padroeira da cidade do Porto;
Este brasão é o anterior ao brasão utilizado atualmente, sendo possível de ser observado em outros edifícios e em estatutária da cidade do Porto, nomeadamente na Câmara Municipal do Porto; no Palácio da Justiça; na Estátua Equestre de Dom Pedro IV localizado na Praça da Liberdade; na Estátua do Infante Dom Henrique no Jardim do Infante Dom Henrique; na Casa dos 24, localizada no terreiro da Sé do Porto; e no Mausoléu de Dom Pedro IV situado na Igreja da Lapa; construídos até 1933, ano em que a Heráldica Municipal do país foi reformada. - Pátio das Nações do Palácio da Bolsa: é o pátio de entrada do palácio da Bolsa, com aproximadamente 506 m2. O pátio é a única estrutura que resta do antigo Convento de São Francisco e o espaço onde se encontrava o claustro. O Pátio das Nações apresenta os destaques de Seis colunas pompeanas em ferro fundido que sustentam o pátio, a Cúpula de ferro e vidro no teto, da autoria de Tomás Soller, que ilumina o pátio com luz natural durante todo o dia. Esta cúpula, completamente inovadora na época, foi terminada em 1881, oito anos antes da Torre Eiffel em Paris; os dezanove brasões projectados por Luigi Manini a representar os 19 países mais importantes para Portugal a nível comercial e político; o mosaico no chão do pátio, projetado por Tomás Soller e inspirado nos mosaicos greco-romanos que existiam nos chão das casas em Pompeia. O mosaico tem a representação de um poste de eletricidade com os raios da electricidade; uma corneta a simbolizar os dois bocais de um telefone do século XIX e um envelope dos correios; o Cadeceu, símbolo de Mercúrio; e a representação de Mercúrio, o Deus do Comércio;
- Escadaria Nobre do Palácio da Bolsa: projetada por Gustavo Adolpho Gonçalves e Sousa, com destacaque do trabalho decorativo no granito, uma obra única na Europa. O trabalho em granito durou muitos anos e foi liderado pelo Mestre Canteiro António Gonçalves de Barros. Os principais destaques são a imponência da escadaria; os dois lustres com uma tonelada e meia de peso da autoria de Soares dos Reis; a clarabóia de ferro e vidro; a pintura no teto, autoria de António Ramalho (1859-1916) a representar “O Anjo de Portugal”, que simboliza a ligação à Dinastia de Bragança; a Indústria; a Agricultura; e a Cultura; e o busto de Fontes Pereira de Melo, Primeiro-Ministro do Reino, última obra de Soares dos Reis;
- Sala das Audiências do Palácio da Bolsa é a antiga Sala do Tribunal, projetada por Joel Pereira da Silva eposteriormente renovada pelo arquiteto Marques da Silva. É nesta sala onde os membros da Confraria de Vinho do Porto tomam posse, sendo um símbolo da Burguesia e da cidade do Porto. Os principais destaques da Sala das Audiências são as telas de Veloso Salgado com início em 1826 a representa vários temas e personalidades, nomeadamente a representação de Dom Dinis, o criador da Primeira Praça do Comércio ou Bolsa do Porto em 1293; a representação do Infante Dom Henrique; a representação da Vinha, das Vindimas e da Agricultura; e o quadro dedicado às artes, com representação de vários pintores, nomeadamente Afonso Domingues a segurar a maquete do Mosteiro da Batalha, Domingos Sequeira, autor da pintura dos Reis Magos, e Machado de Castro, autor da Estátua Equestre de Dom José I no Terreiro do Paço em Lisboa;
- Sala do Presidente do Palácio da Bolsa: com quadros pintado a óleo a representar o Período Romano e as actividades económicas do Porto da autoria de Marques de Oliveira e pintados em 1890; e a lareira em mármore da autoria de Teixeira Lopes;
- Sala do Telégrafo Comercial: onde se encontra o primeiro telégrafo a funcionar em Portugal, entre 1852 e 1954. Este telégrafo fazia a comunicação entre o Palácio da Bolsa e a Foz, uma zona independente da cidade, onde viviam os ingleses e os empresários mais ricos do Porto. Este telégrafo é anterior à criação do Serviço Público de Telégrafo por Fontes Pereira de Melo em 1855 com a criação de três linhas de comunicação: Sintra e Lisboa, Porto e Lisboa e Porto e Elvas;
- Gabinete de Homenagem a Gustave Eiffel: Gustave Eiffel esteve a trabalhar no Palácio da Bolsa entre 1875 e 1877 e executou várias obras no Norte de Portugal;
- Sala Dourada: onde se reune a Direcção da Associação Comercial do Porto todas as segundas-feiras. A associação é composta por quinze membros eleitos e não remunerados que representam quinze sectores de actividade. Os destaques são o teto em estuque decorado ao pormenor com fibra de ouro; o mobiliário da autoria de Marques da Silva; e os retratos dos antigos presidentes;
- Biblioteca do Palácio da Bolsa: a Biblioteca não é visitável contudo tem como oontos de interesse os dois Globos do século XIX: um a representar a superfície terrestre e outro o céu; o retrato de Ferreira Borges de 1836 da autoria de José Alves Ferreira; e a pintura do teto a representar Eco, o Mensageiro da Linguagem Universal da autoria de António Carneiro.
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4. Livraria Lello: A Livraria Lello é uma das mais belas livrarias do mundo, localizada na Rua das Carmelitas. A livraria foi inaugurada em 1906, mas as origens remontam a 1881 na Rua do Almada, onde foi criada a primeira livraria dos Irmãos Lello. A livraria foi projetada por Xavier Esteves (1864-1944) em estilo Neo Gótico no terreno onde se encontrava o Convento de São José e Santa Teresa das Carmelitas Descalças. Os principais pontos de interesse da Livraria Lello são o interior da livraria com baixos relevos em estilo Estético e Art Noveau a representar José Lello e António Lello; os bustos a representar alguns dos mais importantes escritores portugueses, especialmente Antero de Quental, Eça de Queiroz, Tomás Ribeiro, Guerra Junqueiro, Camilo Castelo Branco e Teófilo Braga; a imponente escadaria central de betão com degraus pintados de vermelho; o teto extremamente decorado e dominado por um vitral com oito metros de comprimento, 3.5 metros de largura e 55 painéis de vidro onde surge a seguinte inscrição em latim: “Decus in Labore”, que significa “Dignidade no Trabalho”, o lema da Livraria Lello; e a existência de carris no chão onde eram colocados vagões que transportavam os livros no interior da livraria; a fachada principal construída em estilo Neo Gótico com representação da Arte e da Ciência da autoria de José Bielman.
5. Estação de São Bento: A Estação de São Bento é uma das principais estações ferroviárias do Porto e uma das mais bonitas do mundo, localizada na Praça Almeida Garrett, é também uma das maiores estações da cidade do Porto, apresentando a fachada de 60 metros de comprimento, 20 metros de altura, sete entradas e janelas no topo de cada entrada e um pátio de entrada desafogado com mais de 500 metros quadrados. A Estação de São Bento inclui um dos percursos ferroviários mais procurados do país, a ligação para a Linha Ferroviária do Douro, nomeadamente a ligação à pequena e bonita vila do Pinhão, onde se encontram localizadas 90% das quintas responsáveis pela produção do Vinho do Porto. A Estação de São Bento foi inaugurada em 1916 no local onde foi demolido o Convento de São Bento de Ave Maria. O Convento foi fundado no século XVI por desejo de Dom Manuel I e entregue às monjas da Regra de São Bento. A estação de São Bento é da autoria de Marques da Silva (1869-1947) e os azulejos que decoram a estação são da autoria de Jorge Colaço (1862-1842). Marques da Silva foi um dos arquitectos mais importantes da cidade do Porto e responsável por várias obras, especialmente a Casa de Serralves; o Teatro Nacional de São João; o Liceu Rodrigues de Freitas; o Liceu Alexandre Herculano; o Monumento dedicado à Guerra Peninsular na Rotunda da Boavista, e os azulejos de Jorge Colaço (1862-1842). Jorge Colaço foi autor de vários projetos importantes ao longo do país, nomeadamente os Painéis de azulejos do Palácio-Hotel do Buçaco, localizados na escadaria principal e vestíbulo representam a Batalha do Buçaco e episódios dos Descobrimentos na Índia e África; os Azulejos dos Passos Perdidos da Faculdade de Medicina de Lisboa; os Azulejos da Casa do Alentejo em Lisboa; o Exterior da Igreja de Ildefonso no Porto; o Exterior da Igreja dos Congregados do Porto; os Bancos do Jardim do Pescador Olhanense, próximo do Mercado de Olhão; o Hospital Modelo da Maternidade de Buenos Aires; o Palácio do Presidente Marechal Monreal em Cuba; e as Residências Particulares em São Paulo, Rio de Janeiro, Havana e Montevideo;
A Estação de São Bento apresenta como pontos de interesse:
- Os Painéis de azulejos com representação de episódios da História de Portugal, representando O Encontro de Arcos de Valdevez, localizado à esquerda da entrada na estação, retrata o Torneio de Arcos de Valdevez, que se realizou em 1140 entre cavaleiros de Portugal e Leão. Foi este torneio que permitiu a independência de Portugal em 1143 devido à vitória dos cavaleiros portugueses contra os cavaleiros leoneses; a Entrega de Egas Moniz, este painel de azulejos localizado à esquerda da entrada da estação, representa Egas Moniz, Aio de Dom Afonso Henriques, a encontrar-se com Afonso VII de Leão e Castela em 1127 durante o cerco da cidade de Guimarães. Egas Moniz prometeu a Afonso VII que Dom Afonso Henriques continuaria a prestar-lhe vassalagem. A promessa permitiu o levantamento do cerco, mas o futuro Rei Português mudou de ideias e ignorou a promessa. Existem muitas dúvidas se este episódio realmente aconteceu ou não, mas surge retratado ao longo da História de Portugal e faz parte dos mitos fundadores do país; o Casamento de Dom João I e Dona Filipa de Lencastre: este painel de azulejos, localizado à direita da entrada na estação, representa o casamento de Dom João I com Dona Filipa de Lencastre em 1397 na Sé Catedral do Porto. Este casamento foi realizado para oficializar a aliança entre Portugal e Inglaterra assinada em 1387 e considerada a mais antiga do mundo; e a Conquista de Ceuta: este painel de azulejos representa a Conquista de Ceuta que se realizou no dia 2 de Agosto de 1415, tradicionalmente considerada como a data em que a época dos Descobrimentos começou. Aqui surge representado o Infante Dom Henrique, grande responsável pela estratégia dos Descobrimentos, natural do Porto e filho de Dom João I e de Dona Filipa de Lencastre. O Infante Dom Henrique organizou a frota que atacou Ceuta a partir da cidade do Porto;
- Painéis de azulejos com representação da Evolução dos Transportes ao longo dos tempos, especialmente o Carro Romano; as Quadrigas Romanas; os Transportes usados durante as Invasões Árabes da Península Ibérica; os Transportes usados durante a Invasão Muçulmana da Península Ibérica; o Cortejo de Carruagens do século XVI; a Representação da Mala-Posta, nome dado aos Correios; e a Representação da chegada do primeiro comboio da linha Porto-Braga, que foi inaugurada em Maio de 1875;
- Painéis de azulejos com representação de atividades económicas e culturais, nomeadamente o Comércio; a Agricultura; a Indústria; as Belas-Artes; a Literatura; e a Música;
- Painéis de azulejos a representar as Quatro Estações do Ano: a Primavera; o Verão; o Outono; e o Inverno;
- Painéis de azulejos com representações de festividades religiosas: representação da Romaria de São Torcato, uma freguesia de Guimarães. São Torcato foi um Bispo de Braga no século VIII assassinado em São Torcato, Espanha, no dia 15 de Maio de 715 pelos muçulmanos. São Torcato foi morto com 27 fiéis, de acordo com a lenda, enterrado no local e quando foi desenterrado terá nascido uma fonte com água curativa. A Romaria de São Torcato realiza-se sempre no primeiro fim-de-semana do mês de Julho e serve de forma de agradecimento pela boa colheita do linho em Março e Abril; o painel de azulejos com Procissão de Nossa Senhora dos Remédios, representa a Procissão da Nossa Senhora dos Remédios de Lamego. A devoção a Nossa Senhora dos Remédios ou do Bom Remédio começou em 1213 através da fundação da Ordem da Santíssima Trindade em Roma por São João da Mata e São Félix com o objetivo de construir um Hospital para recuperar alguns cristãos que tinham sido escravizados no Norte de África. De acordo com a lenda, Nossa Senhora dos Remédios terá aparecido com uma bolsa cheia de dinheiro que entregou a São João da Mata e a São Félix, para que conseguissem construir o hospital. A romaria e santuário mais antigo de Portugal são a Romaria de Nossa Senhora dos Remédios de Lamego e o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, na mesma localidade.
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6. Sé Catedral do Porto: A Sé Catedral é o templo religioso mais importante da cidade do Porto, localizada no Terreiro da Sé, também conhecido como Morro da Sé ou Morro da Pena Ventosa, local onde a cidade do Porto nasceu. A Sé foi construída e aumentada entre o século XII e o século XIX, o que torna possível a observação de vários estilos artísticos, nomeadamente o Românico, o Gótico e o Classicisante. A Sé do Porto foi mandada construir por Dom Hugo, o primeiro Bispo do Porto e de acordo com os registos, a primeira pedra da Sé foi colocada por Dona Teresa, mãe de Dom Afonso Henriques, e terminada durante o Reinado de Dom Dinis. Os pontos de interesse da Sé Catedral do Porto são:
- a Fachada principal, com destaque para a Rosácea do século XIII construída em estilo Românico; o Portal de entrada construído em estilo Rococó inaugurado no século XVIII; e a imagem a representar Nossa Senhora da Assunção, a padroeira da Catedral, pintado no século XVIII;
- a Capela de João Gordo: inaugurada em 1333 no estilo Gótico. João Gordo era um cavaleiro da Ordem dos Hospitalários que serviu o Rei Dom Dinis;
- o Claustro: mandado construir por Dom João I em estilo Gótico a partir de 1385, com sucessivas melhorias ao longo da História. Os principais pontos de interesse são os oito portais em estilo Barroco projetados por Nicolau Nasoni e construídos entre 1726 e 1727; e os sete Painéis de Azulejos construídos na segunda metade do século XVIII com várias representações, designadamente as Cenas do “Cântico dos Cânticos”; um diálogo divino entre Deus e a padroeira da Sé; e a Representação dos “Salmos de David”;
- Escadaria Nova: inaugurada em 1736, com acesso ao segundo piso do claustro. O projeto foi da autoria de Nicolau Nasoni;
- Galilé lateral: esta galilé, ou loggia, foi projetada propositadamente orientada para a cidade. A loggia é um espaço amplo, decorado com colunas, arcos e que geralmente disponibiliza uma vista ampla. Este espaço foi projetado por Nicolau Nasoni e construída em estilo Barroco no ano de 1736;
- Capela-Mor: construída em 1610 em estilo Maneirista com um projeto da autoria de Frei Gonçalo de Morais. Os principais destaques são o Altar-Mor da autoria de Santos Pacheco e Miguel Francisco da Silva, construído entre 1727 e 1729 em Estilo Barroco; as Pinturas murais da autoria de Nicolau Nasoni; os Dois órgãos de tubos do século XVII, e do século XIX; e a escultura medieval a representar Nossa Senhora da Vandoma, a Santa Padroeira da cidade do Porto;
- Órgão do Coro Alto: projetado por Georg Jann, também autor do órgão da Igreja da Lapa;
- Capela de Nossa Senhora do Sacramento: destaque para o Altar de prata inaugurado em 1632, com sucessivas alterações até ao século XIX;
- Casa do Cabido: um edifício do século XVIII, localizado junto à Sé com esculturas religiosas dos séculos XIV a XVIII; e painéis de azulejos da autoria de Vital Rifarto de 1733.
7. Igreja da Lapa: é a Igreja da Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Lapa, localizada no Largo da Lapa. A Irmandade de Nossa Senhora da Lapa foi fundada em 1757 pelo Padre Angelo Sequeira, missionário brasileiro conhecido pela devoção a Nossa Senhora da Lapa e pelos grandes capacidades de oratória. A Igreja da Lapa foi construída depois de uma missa proferida pelo Padre Angelo Sequeira no local atual da igreja, em que pediu a Nossa Senhora da Lapa para terminar uma tempestade que durava há várias semanas na cidade do Porto, o que de acordo com a lenda aconteceu após o final da cerimónia. A Igreja da Lapa foi inaugurada em 1755 como Capela de Nossa Senhora da Lapa das Confissões no Campo de Gemalde, na antiga estrada medieval com ligação entre Porto e Braga. A igreja atual começou a ser construída em 1757 e prolongou-se por mais de cem anos, com um projeto do arquitecto José Figueiredo Seixas. Era na Igreja da Lapa que Dom Pedro IV rezava praticamente todos os dias enquanto esteve cercado com aproximadamente 7500 homens pelos 40.000 soldados de Dom Miguel entre 1832 e 1833; A Igreja construída no ano em que nasceu Mozart; É o espaço onde se encontra preservado o coração de Dom Pedro IV; e o local se encontra o maior órgão de tubos de Portugal;
Os pontos de interesse da Igreja da Lapa são:
- o Mausoléu de Dom Pedro IV projetado por Costa Lima e construído em granito, considerada a pedra do Porto. O granito usado no mausoléu foi retirado de algumas das fortificações que tinham sido usadas durante o Cerco do Porto;
- as Torres Sineiras da Igreja da Lapa construídas na segunda metade do século XIX com um projeto da autoria de José Luís Nogueira Júnior. A torre poente foi terminada em 1855 e a torre nascente em 1863;
- o Relógio construído durante oito dias com um projeto da autoria de Joaquim José Marques;
- o Órgão de tubos é o órgão de tubos mais alto de Portugal, inaugurado em 1995, com 34 toneladas, 14 metros de altura, 10 metros de largura, 5 metros de profundidade, 4307 tubos, 4 teclados manuais e um carrilhão com 42 sinos;
- Capela-Mor: com destaque para o retábulo inaugurado em 1806, da autoria do entalhador Manuel Moreira da Silva;
- Cemitério de Nossa Senhora da Lapa: é o cemitério da elite portuense e o mais antigo cemitério Romântico do país, inaugurado em 1833. Este espaço foi construído em resposta à epidemia de cólera e ao elevado número de mortos que resultaram do Cerco do Porto. O cemitério é o local onde se encontram sepultadas personalidades como Ferreira Borges; Marques da Silva; Camilo Castelo Branco; Arnaldo Gama; Soares dos Passos; e João António de Freitas Fortuna.
As atrações do cemitério são a Capela do banqueiro Joaquim Pinto Leite, a primeira capela construída em mármore no Norte de Portugal; a Capela do Visconde de Lagoaça, que foi Presidente da Câmara do Porto e o responsável pela criação dos primeiros mictórios públicos ou urinóis; o Mausoléu de José Ferreira Borges; o Mausoléu do Bispo Eleito Dom Manuel de Santa Inês, uma figura importante durante o Cerco do Porto; o Mausoléu do Coronel Pacheco, herói do Cerco do Porto; e o Mausoléu de João da Silva Ribeiro, o fundador do cemitério; - Núcleo de Camilo Castelo Branco: Camilo Castelo Branco fez-se membro da Irmandade da Lapa dois meses antes de se suicidar. Neste espaço é possível conhecer a Documentação que relata o processo de trasladação do corpo de Camilo Castelo Branco para o Cemitério da Lapa; o revólver com que Camilo Castelo Branco se suicidou; e as Cartas da viúva Ana Plácido com Freitas Fortuna, o empresário portuense dono de uma livraria da Rua das Flores frequentada pelo escritor português;
- Hospital de Nossa Senhora da Lapa: é uma das unidades privadas de saúde mais importantes da cidade do Porto, localizado no Largo da Lapa. Este hospital foi construído devido ao apoio financeiro de Dona Luzia Joaquina Bruce, benemérita da Irmandade da Lapa. Dona Luzia Joaquina Bruce nasceu no Maranhão e casou com João António Lima, um homem de negócios portuense que enriqueceu no Brasil. O Hospital da Lapa foi construído para homenagear João António Lima, que tinha falecido uns anos antes do início da construção desta instituição de saúde. A homenagem inclui a colocação de uma estátua a representar o marido no topo do Hospital;
- Colégio da Real Irmandade de Nossa Senhora da Lapa: O Colégio da Real Irmandade de Nossa Senhora da Lapa durou até ao início do século XX, numa época em que diminuiu drasticamente o número de crianças da cidade do Porto. Este colégio chegou a ser dos colégios mais importantes da cidade do Porto.
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8. Capela das Almas: é uma capela do século XVIII localizada na Rua de Santa Catarina conhecida pelos mais de 15 mil azulejos que podemos observar nas fachadas. Esta capela é também designada de Capela de Santa Catarina e foi construída na primeira metade do século XVIII. Os principais destaques são as fachadas com aproximadamente 16 mil azulejos da autoria de Eduardo Leite da Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego. Os azulejos foram inaugurados em 1923 e representam cenas da vida de São Francisco de Assis e de Santa Catarina; a imagem de Nossa Senhora das Almas do século XVIII; e o Altar-Mor com um painel a representar a Ascensão do Senhor e uma imagem de Cristo Ressuscitado.
9. Mercado do Bulhão: O Mercado do Bulhão é o mercado mais importante do Porto, localizado na Rua Formosa. O Mercado do Bulhão é um dos edifícios emblemáticos da cidade do Porto, onde ainda hoje é possível observar as mulheres tripeiras a vender produtos frescos e a cantar os famosos pregões para chamar a clientela. O Mercado do Bulhão foi inaugurado em 1917 com um projeto da autoria de António Correia da Silva e deve o nome “bolhão” porque era uma zona pantanosa onde existia uma grande bolha de água, o “bolhão” como era popularmente conhecida. O Mercado do Bolhão encontra-se a ser reestruturado e modernizado com um projeto do arquiteto Nuno Valentim, com o objetivo preservar as caraterísticas originais do edifício e adotar espaços modernos, nomeadamente uma Cave Logística que permitirá realizar cargas e descargas num túnel por baixo das Rua Formosa e Alexandre Braga, ou o acesso direto à Estação de Metropolitano do Bolhão. Os principais pontos de interesse são a atividade das pessoas no mercado, a fachada principal do edifício em estilo Beaux Arts; as esculturas de pedra da autoria de Bento Cândido da Silva que representam Mercúrio e Flora, os deuses do Comércio e da Agricultura; o telhado com telhas de ardósia; os quatro pináculos localizados em cada um dos quatro cantos da praça do Mercado; a galeria central onde é possível observar um espaço amplo ao ar livre onde se encontram as bancas de produtos frescos, flores e plantas; e o segundo piso com zona de restauração.
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10. Mosteiro de Nossa Senhora do Pilar: é um mosteiro do século XVI, localizado no Largo de Aviz em Vila Nova de Gaia, construído entre 1537 e 1670 neste local com objetivo de transferir os monges da Ordem dos Agostinhos Descalços do Mosteiro de Grijó, também eram conhecidos por Crúzios porque tinham a sede no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra; ter o mosteiro numa localização estratégica que permitisse controlar a cidade do Porto em caso de conflito; permitir o desenvolvimento urbano da cidade do Porto e criar uma estrutura de apoio aos portuenses. Durante muitos séculos os mosteiros eram construídos fora das cidades ou nos limites da povoação para servirem de apoio às populações mais pobres nas mais variadas áreas, nomeadamente alimentação e prestação de cuidados médicos;
O Mosteiro de Nossa Senhora do Pilar, classificado Património Mundial da UNESCO, é assim designado devido à presença de uma imagem de Nossa Senhora do Pilar que se encontra na Capela-Mor desde 1678. Nossa Senhora do Pilar é alvo de uma grande devoção em Espanha porque terá aparecido a São Tiago e a mais oito fiéis quando se encontravam sentados, e desiludidos pela falta de adesão à fé cristã, numa das margens do rio Ebro em Zaragoza. Nossa Senhora surgiu então, sobre um pilar de mármore e pediu que fosse construído um templo no local da aparição. Este milagre terá ocorrido no ano de 39 d.C., ano em que começou a ser construída a Catedral de Zaragoza. A imagem que se encontra no Mosteiro de Nossa Senhora do Pilar foi transportada de Zaragoza para Lisboa em 1677 e oferecida à cidade do Porto pelo Prior Lisboeta Dom Fernando Cruz, crente de Nossa Senhora do Pilar, com o objetivo que esta imagem ajudasse o culto a espalhar-se pelo norte do país. Esta imagem é a primeira cópia da original que se encontra atualmente na Catedral de Zaragoza.
O Mosteiro de Nossa Senhora do Pilar desempenhou papéis importantes na História de Portugal, nomeadamente durante o cerco das tropas de Napoleão às tropas portuguesas e inglesas chefiadas por Wellington, e durante o Cerco do Porto (8 de Setembro de 1832-18 de Agosto de 1833) que se verificou durante a Guerra Civil entre Liberais e Absolutistas. O Mosteiro da Serra do Pilar foi projetado por João de Ruão e Diogo de Castilho com os pontos de interesse: a vista sobre a cidade do Porto, Vila Nova de Gaia e o Rio Douro; o Claustro inovador em relação à época, com a planta circular em vez de quadrangular. O claustro foi construído em estilo Renascentista com 36 colunas jónicas. Os homens do Renascimento consideravam a forma circular a perfeição divina; a Igreja: foi reconstruída em 1598 por desejo do Prior Dom Acúrsio com destaque para a imagem de Nossa Senhora do Pilar de 1678; o Retábulo de Jesus Cristo construído por Francisco Correia e inaugurado em 1568; o Centro de Informação do Património Norte: com informação sobre Monumentos e Museus da Região Norte e dos quatro locais classificados Património Mundial pela UNESCO do Norte de Portugal, nomeadamente o Centro Histórico do Porto; o Centro Histórico de Guimarães; o Douro Vinhateiro; o Parque Arqueológico do Côa; e o Zimbório: de onde podemos observar a cidade do Porto e o Rio Douro.
Outros locais a explorar no Porto
Museu Nacional Soares dos Reis: O Museu Nacional Soares dos Reis é o museu de arte mais antigo de Portugal, localizado na Rua de Dom Manuel II, o museu foi inaugurado em 1833 com a designação de “Museu Portuense de Pinturas e Estampas” no edifício da atual Biblioteca Municipal do Porto e posteriormente transferido no ano de 1940 para o atual Palácio das Carrancas. O espólio do museu começou por ser constituído por obras e bens confiscados à Igreja após a abolição das Ordens Religiosas em 1834. Em 1911 mudou de nome para Museu Nacional de António Soares dos Reis (1847-1889) com o objetivo de homenagear António Soares dos Reis, considerado entre os melhores escultores portugueses do século XIX, autor de obras como “O Desterrado”. O museu apresenta como pontos de interesse: obras de Soares dos Reis; pinturas da época do Romantismo da autoria de Francisco José de Resende, João António Correia, Miguel Angelo Lupi ou Luís pereira de Meneses; Pinturas de autores do estilo Naturalista, nomeadamente Silva Porto, Columbano ou José Malhoa; uma coleção de Henrique Pousão (1859-1884); peças de Faiança portuguesa do século XVII; e biombos japoneses Namban do século XVII, também disponíveis no Museu do Oriente em Lisboa.
Jardim Botânico do Porto: O Jardim Botânico do Porto é o primeiro jardim dedicado ao estudo da flora da cidade do Porto, localizado na Rua do Campo Alegre. O Jardim Botânico foi inaugurado em 1852 no antigo ~Convento das Carmelitas^ e transferido em 1951 para o local atual na Quinta do Campo Alegre, a casa dos avós da escritora Sophia Mello de Mello Breyner Andresen e um local que fascinava todos os amantes de botânica da cidade do Porto devido à grande variedade de plantas, flores e árvores que ali existia. Américo Pires de Lima (1886-1966), director do Instituto de Botânica da Universidade do Porto, foi o principal responsável pela compra e adaptação da Quinta do Campo Alegre no atual Jardim Botânico desde 1951. Os principais destaques são: a Casa Andresen; o Roseiral; as estufas; o Jardim dos Catos; e o Jardim dos Jotas.
Casa do Infante: é um museu localizado na Rua da Alfândega em pleno centro histórico, foi a antiga Alfândega Régia e local onde nasceu o Infante Dom Henrique. A Casa do Infante ou Alfândega Régia e Casa da Moeda foi construída a partir de 1325 com o objetivo de ser a casa do Almoxarife da Alfândega do Porto. De acordo com a tradição, era comum que Dom João I e Dona Filipa de Lencastre dormissem nas casas dos almoxarifes nas povoações onde não existiam palácios reais. No dia 4 de Março de 1394 nasceu o Infante Dom Henrique neste espaço próximo da Ribeira do Porto.
O edifício desempenhou várias funções ao longo da História, nomeadamente Casa do Almoxarife do Porto, Alfândega, Casa da Moeda e Arquivo Histórico Municipal do Porto. Os pontos de interesse da Casa do Infante são o Centro Interpretativo “O Infante Dom Henrique e os Novos Mundos”, onde são relatados temas da História dos principais acontecimentos dos Descobrimentos Portugueses; e os Achados Romanos dos séculos IV e V.
Paço Episcopal: é um museu, a residência oficial do Bispo do Porto e da Diocese do Porto, localizado no Terreiro da Sé. O Paço Episcopal foi reconstruído no ano de 1737 com um projeto da autoria de Nicolau Nasoni em estilo Barroco por desejo do Bispo Dom Rafael Mendonça (1717-1793). O Paço Episcopal desempenhou várias funções ao longo da História de Portugal, designadamente: o Casamento de Dom João I com Dona Filipa de Lencastre em 1386; a visita de Francisco de Borja em 1560; a realização das reuniões da Junta do Governo Supremo do Reino em 1808 para decidir que medidas adotar contra Junot, General de Napoleão Bonaparte; foi um local de defesa importante durante o Cerco do Porto; foi a primeira Biblioteca Pública do Porto; e foi Paços do Concelho entre 1916 e 1956 enquanto era construído o edifício da Avenida dos Aliados;
Os pontos de interesse do edifício do Paço Episcopal são: a vista sobre a cidade do Porto; o jardim; a fachada principal do edifício construída em estilo Barroco com 24 janelas com varandins de ferro forjado construídas em estilo Barroco e o Brasão de armas do Bispo Dom Rafael de Mendonça; a escadaria nobre construída em granito; a capela construída no século XIX; os retratos de vários Bispos do Porto distribuídos ao longo do espaço do Paço Episcopal; a Sala dos Espelhos com destaque para dois grandes espelhos construídos em estilo Barroco e um tapete oferecido pela Câmara Municipal do Porto em 2010; a Sala das Audiências, ainda hoje usada pelo Bispo do Porto Dom António Francisco dos Santos; e a Sala do Trono, onde se realiza a cerimónia de tomada de posse do Bispo do Porto.
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Fundação Serralves: a Fundação Serralves é o pólo mais importante de atividade cultural da cidade do Porto, localizada na Rua Dom João de Castro. A Fundação Serralves foi legalmente criada em 1989 e o Museu de Arte Contemporânea foi construído entre em 1991 e 1999 com um projeto da autoria de Álvaro Siza Vieira, sendo procurada todos os anos por mais de 500 mil visitantes para de várias atividades culturais, nomeadamente Serralves em Festa e Serralves no Outono. A fundação é constituída por várias instituições, nomeadamente:
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- Museu de Arte Contemporânea, localizado na zona Norte da Quinta de Serralves, inaugurado em 1999 com um projeto de Álvaro Siza Vieira, é um dos museus de arte contemporânea mais importantes de Portugal. O museu disponibiliza três exposições temporárias em simultâneo de três em três meses, que interagem com o Parque de Serralves e a; Casa de Serralves, um edifício da Art Dèco em Portugal. O museu apresenta como pontos de interesse: as 14 salas de exposições; a Sala do Serviço Educativo; a Biblioteca; e o Auditório.
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- Casa de Serralves: o edifício da Casa Serralves é o exemplar mais importante de Art Déco em Portugal, construído entre 1925 e 1944 com um projeto da autoria de Charles Siclis (1889-1944) e José Marques da Silva para servir de residência de Carlos Alberto Cabral, empresário da Indústria Têxtil, Segundo Conde de Vizela (1895-1968). O edifício da Casa de Serralves foi adquirido pelo Estado Português em 1987 com o objetivo de criar um museu de arte contemporânea. Os principais destaques são: a Capela construída em 1882 e emparedada dentro do edifício; o interior do edifício, com destaque para a casa de banho de forma circular, acessível através de vários quartos com uma ampla janela, banheira escavada diretamente no mármore e decoração das paredes com mármore; e as Suites com divisória deslizante;
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- Parque de Serralves: O Parque de Serralves tem aproximadamente dezoito hectares de jardins e espaços ajardinados com um projeto da autoria de Jacques Gréber. O Parque de Serralves é uma das principais atrações da Fundação devido: ao Treetop Walk, um passadiço de madeira reciclável com aproximadamente 260 metros de extensão, suspenso entre 1,5 e 15 metros de altura. O projeto foi inaugurado em 2019 com projeto de Carlos Castanheira; o Lago da Quinta do Mata Sete construído em estilo Romântico; o Miradouro do Lago, construído em Art Déco e no estilo Romântico; a Zona fresca de Verão, com o Parterre, um lago com jogos de água projetado por Marques da Silva em 1927, localizado no topo do parque, frente à antiga sala de jantar da Casa Serralves; o Campo de ténis; a Pérgula; o Roseiral Geométrico;
a Fauna e flora: O parque tem várias espécies animais, árvores, flores e plantas, nomeadamente: o Morcegos-Anão: é considerado um dos mamíferos mais pequenos de toda a Europa; os Melros; os Piscos de Peito Ruivo; a Salamandra de Pintas Amarelas; e a Rã Verde;
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- Biblioteca de Serralves;
- Casa do Cinema.
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Casa da Música: a Casa da Música é a principal sala de espetáculos do Porto, localizada na Avenida da Boavista, foi criada na sequência da nomeação da cidade do Porto e de Amesterdão como Capitais Europeias da Cultura. O edifício da Casa da Música foi projetado pelo arquiteto holandês Rem Koolhaas, foi construído em betão armado com paredes de 40 cms e inclinadas a 48 graus em alguns pontos da estrutura. A construção foi dividida em 85 fases consecutivas devido à complexidade de construção. Os destaques da Casa da Música são:
a Sala Suggia, o ex libris da Casa da Música, é o Grande Auditório e foi assim designada para homenagear a violoncelista de origem italiana Suggia;
a Sala 2, o segundo auditório da Casa da Música com capacidade para 300 lugares sentados e 650 lugares de pé;
a Cibermúsica, o espaço onde se encontra o Serviço Educativo da Casa da Música;
a Sala VIP, considerada a sala de visitas da Casa da Música, destaca-se devido: os painéis de azulejos a representar ceramistas, pintores e oleiros portugueses e holandeses entre os séculos XVI e XVIII; a vista sobre a cidade do Porto; e o restaurante Casa da Música, onde podemos desfrutar de uma refeição ao som de música ao vivo.
Forte de São João Baptista da Foz: O Forte de São João Batista da Foz é uma estrutura defensiva, localizada na Foz do Rio Douro. A primeira construção foi uma igreja edificada em 1527 por desejo de Dom Miguel da Silva (1480-1556), Bispo de Viseu e Embaixador de Dom Manuel I junto do Papa Leão X (1475-1521) e com um projeto da autoria do italiano Francesco de Cremona. A fortaleza começou a ser construída em 1570 com a demolição da maioria da igreja, ficando somente a capela-mor que foi aproveitada para capela da Fortaleza. A fortaleza teve várias fases de construção, nomeadamente:
- Projeto da autoria de Simão de Ruão em 1570;
- Guerra da Restauração (1640-1668) com a participação do Engenheiro-Mor do Reino Charles Lassart. Em 1655 era considerada a segunda fortaleza mais importante de Portugal, depois da Fortaleza de São Julião;
- Projeto de Reinaldo Oudinot inaugurado em 1798.
Forte de São Francisco Xavier: O Forte de São Francisco Xavier é uma estrutura militar, localizada na Praça João Gonçalves Zarco, a fortaleza começou a ser construída em 1561 com um projeto da autoria de Lassart. Os pontos de interesse são: o portal de entrada com o escudo real, com acesso ao à praça principal; a Casa do Governador, construída com um projeto da autoria de Carvalhais Negreiros; e o Museu da Associação de Comandos.
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Funicular dos Guindais: O Funicular dos Guindais é um elevador que faz a ligação entre a zona da Ribeira e a Batalha, localizado na Rua da Ribeira Negra. O funicular percorre um percurso de 281 metros na escarpa dos Guindais, entre a Ribeira e a Muralha Fernandina. O funicular foi inaugurado em 1891 e restaurado em 2004 com um projeto da autoria de Raoul Mesnier de Ponsard, autor de outros elevadores construídos no país, nomeadamente o Elevador do Bom Jesus de Braga, o Funicular da Nazaré, o Elevador de Santa Justa e Elevador da Bica em Lisboa. Os pontos de interesse do Funicular dos Guindais são: a vista sobre a zona da Ribeira, a Ponte Dom Luís I e as Caves Vinicolas de Gaia; e a proximidade da Ribeira, da Muralha Fernandina e da Ponte Dom Luís I.
Museu Romântico: O Museu Romântico é o local onde morou o Rei Carlos Alberto da Sardenha, localizado na Rua de Entre-Quintas. O museu encontra-se alojado na Quinta da Macieirinha ou do Sacramento, um edifício do século XVIII construído numa propriedade que integra os Jardins do Palácio de Cristal e Jardins da Casa Taft. O museu foi renovado durante o ano de 2017 e reinaugurado em 2018 com um projeto da autoria do arquiteto Camilo Rebelo e cenógrafo Tito Celestino. Os principais destaques do Museu Romântico são: o Vestuário do século XVIII e XIX; e os jardins.
Museu Interativo e Parque Temático World of Discoveries: é um espaço museológico interativo e parque temático localizada na Rua de Miragaia onde podemos conhecer a; História dos Descobrimentos Portugueses de forma interativa. O museu foi inaugurado em 2014 com as seguintes áreas temáticas:
- A Bordo;
- Intentos e Inventos;
- Mundos do Mundo;
- Coberta da Nau;
- Estaleiro Naval;
- Partida do Porto;
- Lisboa;
- Norte de África;
- Conquista de Ceuta;
- Mar Tenebroso;
- Cabo das Tormentas;
- África Negra;
- Florestas Tropicais;
- Índia;
- Timor e China;
- Macau;
- Japão;
- Brasil;
- Mapas do Mundo conhecido;
- Viagens de Pêro da Covilhã.
Mercado Ferreira Borges: o Mercado Ferreira Borges é um local cultural e a sede do Hard Club, localizado na Rua da Bolsa. O mercado foi inaugurado em 1888 para substituir o Mercado da Ribeira e foi assim designado para homenagear Ferreira Borges, o fundador da Associação Comercial do Porto e grande impulsionador do Palácio da Bolsa. O mercado é um dos ex libris do Porto, foi projetado por João Carlos Macedo que optou por criar uma plataforma para nivelar o terreno, usou o ferro forjado e vidro em todo o edifício. O Mercado Ferreira Borges desempenhou várias funções ao longo da História, designadamente mercado de frutas e vegetais, quartel militar ou cozinha comunitária para a população mais pobre da cidade. Os principais pontos de interesse são: um restaurante e salas de espetáculos; a estrutura do edifício em ferro forjado e vidro; e a proximidade do Palácio da Bolsa, da Igreja de São Francisco, da Rua das Flores e da Ribeira.
Parque da Cidade: o Parque da Cidade é o maior parque urbano de Portugal, localizado na estrada Interior da Circunvalação, o parque foi inaugurado em 1991 com um projeto da autoria de Sidónio Pardal num local com aproximadamente 83 hectares, que disponibiliza percursos com dez kms de extensão. As atrações do Parque da Cidade são: a realização de um Mercado Biológico aos sábados; a Observação de aves; o Pavilhão de Água; o Sea Life Centre; o Queimódromo; o Campo de voleibol em areia; a Ciclovia partilhada; e o Centro de Educação Ambiental.
Torre Medieval: a Torre Medieval é o local onde se encontra o Posto de Turismo do Porto, localizada na Calçada Dom Pedro Pitões. A Casa-Torre Medieval foi descoberta durante as escavações realizadas durante a década de 1940 no Terreiro da Sé e que alteraram completamente o meio urbano deste largo. Como resultado das obras realizadas, foram reconstruídas a Casa-Torre e o Pelourinho, localizado no meio do Monte da Ventosa, entre a Sé Catedral do Porto e o Paço Episcopal. A Casa-Torre atual foi reconstruída com um projeto da autoria de Rogério de Azevedo.
Casa da Câmara: a Casa da Câmara é uma torre que reproduz a antiga sede medieval da Câmara Municipal do Porto, localizada no Terreiro da Sé. A Casa da Câmara ou Casa dos 24 foi reconstruída em 2002 com um projeto de Fernando Távora. A Casa dos 24 era assim designada porque incluía representações dos principais 24 ofícios da cidade do Porto. A Casa dos 24 funcionou nesta torre junto à muralha medieval da cidade entre 1450 e 1800, no entanto foi totalmente destruída em 1875 num incêndio que deflagrou nas instalações. A Câmara Municipal do Porto funcionou posteriormente no Paço Episcopal até à inauguração dos Paços do Concelho na Avenida dos Aliados.
Feitoria Inglesa: a Feitoria Inglesa é a sede da Associação Britânica do Porto, localizada na Rua da Cordoaria Velha de Lordelo. A Feitoria Inglesa foi construída entre 1785 e 1790 com um projeto da autoria de John Whitehead, Cônsul Inglês no Porto. A Feitoria Inglesa é um dos símbolos da presença inglesa na cidade e tem atualmente 12 membros e 7 Casas Associadas, tem por objetivo a promoção do Vinho do Porto, especialmente o Porto Vintage, e continuam a ser conhecidos os almoços das quartas-feiras entre os empresários do Vinho do Porto. Os principais destaques são da Feitoria Inglesa são: a Fachada principal com sete arcos; a Biblioteca; a Escadaria principal; a Sala de baile; e a Cozinha.
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Teleférico de Gaia: o Teleférico de Gaia é um teleférico de onde podemos observar o Rio Douro, Vila Nova de Gaia e a cidade do Porto, localizado na Calçada da Serra. O teleférico foi inaugurado em 2011 e percorre um percurso de 600 metros de extensão num máximo de 63 metros de altura com ligação entre a Ponte Dom Luís e as Caves de Gaia. Os principais pontos de interesse são deste Teleférico são: a vista da cidade do Porto, Caves de Gaia e Nossa Senhora do Pilar; e o Miradouro de Nossa Senhora do Pilar.
Palácio de Cristal: O Palácio de Cristal foi inaugurado na Rua de Dom Manuel II em 1865 para receber a Exposição Internacional do Porto que teve a participação de mais de 4300 expositores de 25 países, é um edifício da cidade do Porto onde desde então se têm realizado inúmeras atividades culturais e musicais. O Palácio de Cristal foi inspirado no Crystal Palace de Londres e passou a ser utilizado como o local de exposições, nomeadamente a Exposição de Louças das Caldas em 1901, Salão Automóvel em 1926, a Exposição Industrial de 1930 ou a Exposição Colonial do Porto em 1934. O palácio foi destruído em 1952 para construir o atual Pavilhão dos Desportos com o objetivo de receber o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins, em que Portugal se consagrou vencedor. O pavilhão teve vários nomes, nomeadamente Palácio de Cristal, Pavilhão dos Desportos e Super Bock Arena: Pavilhão Rosa Mota. Os pontos de interesse do Palácio de Cristal são a Biblioteca Municipal Almeida Garrett; a Concha Acústica; a Capela Alberto da Sardenha; o Centro de Educação Ambiental; o Parque Infantil; e os Jardins, com a Avenida das Tílias e dos Plátanos; o Bosque; e o Jardim Emil David.
Palácio da Batalha: o Palácio da Batalha é atualmente o local onde funciona o hotel NH Collection Porto Batalha, localizado na Praça da Batalha. O palácio foi construído no século XVIII para ser a residência de José Anastácio Guedes da Silva Fonseca, o proprietário da Quinta da Aveleda conhecida pela produção de vinho verde. O palácio desempenhou várias funções ao longo da História, nomeadamente residência particular, hospital durante o Cerco do Porto, Correios, Telégrafo e Hotel.
Palácio do Freixo: o Palácio do Freixo é um hotel do grupo Pestana Hotels, localizado na Estrada Nacional 108 em frente ao Rio Douro. O Pestana Palácio do Freixo – Pousada & National Monument – foi construído por Dom Jerónimo de Távora e Noronha para residência privada, foi sendo alterado ao longo dos tempos a partir do projeto inicial em estilo Barroco autoria de Nicolau Nasoni, com o restauro em 2000 e 2003 com um projeto da autoria de Fernando Távora, conhecido pela renovação do Museu Nacional Soares dos Reis e por ser um dos principais professores de Álvaro Siza Vieira, ou por David Sinclair entre 2007 e 2009. Os principais destaques são: os Jardins da autoria de Nicolau Nasoni construídos no século XVIII; a Sala dos Espelhos, com destaque para os estuques e os frescos; o Restaurante Palatium, com gastronomia portuense e as pinturas de 1850; e o Bar Nasoni, destacado pela presença das pinturas de Júlio Resende e das janelas de onde podemos observar o rio Douro.
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Miragaia: Miragaia é um bairro típico do Porto, localizado próximo da Foz do Porto, encontramos os “Tripeiros”, os habitantes com uma cultura típica do Porto, onde encontramos as típicas casas coloridas com as varandas de ferro forjado construídas ao nível da água, construídas ao longo da História. O bairro ficava fora das muralhas medievais e era aqui que habitavam os judeus e arménios. Este bairro portuense é também conhecido pela intensidade com que festeja o São João e pela movimentada vida noturna. O principais destaques de Miragaia são: o Palácio das Sereias; o Museu Interativo e Parque Temático World of Discoveries; o Bonde que faz a ligação entre o Palácio da Bolsa e a Foz; o Edifício da Bolsa do Pescado, atual Hotel Vincci do Porto; o Museu do Carro Elétrico; a Marginal com ciclovia ao longo do Rio Douro; a Rua Senhora da Boa Morte, onde é possível observar as casas coloridas deste bairro e desfrutar de uma vista desafogada do rio Douro; o Miradouro de Santa Catarina; a Capela de Santa Catarina; o Jardim do Cálem; o Lordelo do Ouro; o Aterro das Sobreiras; o Bairro da Cantareira; e o Farol de São Miguel-o-Anjo.
As Igrejas do Porto
Igreja de Santo António dos Congregados: a Igreja de Santo António dos Congregados é uma igreja do século XVII, localizada na Praça Almeida Garrett, começou por ser uma capela construída como sede da Confraria de Santo António de Lisboa no Porto. A igreja foi inaugurada em 1703 e utilizada como armazém de material militar e hospital durante o Cerco do Porto. Os principais destaques são: a fachada principal, com os azulejos da autoria de Jorge Colaço e os vitrais de Albert Leone, foram inaugurados em 1920; e a Capela-Mor, reconstruída no século XIX, com pinturas murais da autoria de Aécio Lima.
Igreja de Santa Clara: a Igreja de Santa Clara é uma igreja e convento feminino do século XV, localizada no Largo Primeiro de Dezembro. A Igreja de Santa Clara é conhecida como “Igreja do Ouro” devido à grande quantidade de talha dourada existente no interior. Os destaques da Igreja de Santa Clara são: o Portal de estilo Renascentista; e a talha dourada do interior da igreja considerado um ex libris da Escola Portuense de Entalhadores do século XVIII.
Mosteiro e Igreja de Nossa Senhora da Vitória: o Mosteiro e Igreja de Nossa Senhora da Vitória é um edifício religioso do século XVI, localizado na Rua de São Bento da Vitória. Esta igreja encontra-se na antiga Judiaria do Porto, o antigo bairro habitado por Judeus durante a Idade Média, localizado fora da Cerca Fernandina concluída no século XIV. Esta zona é atualmente parte integrante do Centro Histórico do Porto e inclui várias atrações, nomeadamente a Igreja e Torre dos Clérigos, o Miradouro de Nossa Senhora da Vitória ou a Livraria Lello. O Mosteiro começou a ser construído em 1598 e a igreja em 1604, tendo terminado em 1690, com um projeto inicial de Diogo Marques Lucas. O edifício desempenhou várias funções ao longo da História, nomeadamente Hospital Militar durante as Invasões Francesas, Tribunal Militar e sede dos Telégrafos Militares até 1874, ano em que foi quase totalmente destruído por um incêndio. O edifício foi recuperado para a aparência atual entre 1984 e 1990 e a partir de 2001, com o evento “Porto Capital Europeia da Cultura”, ganhou nova vida com o estabelecimento da sede do Teatro Nacional de São João e através da criação de um Centro de Documentação dedicado a alunos e investigadores de artes performativas. Os destaques do Mosteiro e Igreja de Nossa Senhora da Vitória são: o Retábulo da Capela-Mor, considerado uma das obras mais importantes do estilo Barroco Nacional ou Joanino. O retábulo foi construído entre 1716 e 1725 com um projeto da autoria de Gabriel Rodrigues; os Retábulos dos transeptos construídos entre 1725 e 1728 da autoria de José da Fonseca Lima e José Martins Tinoco; a pintura de Nossa Senhora da Vitória da autoria de Soares dos Reis; o Coro Alto, com o trabalho em talha dourada executado por Marceliano de Araújo e Gabriel Rodrigues entre 1716 e 1719, em estilo Rococó que representam os “Passos da Vida de São Bento”; e o Claustro Principal executado entre 1608 e 1728 construído com três arcos, o que é muito raro neste género de arquitetura em Portugal.
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Igreja de Santo Ildefonso: a Igreja de Santo Ildefonso é uma igreja do século XVIII, localizada na Praça da Batalha, começou a ser construída em 1709, foi concluída em 1739 no estilo Barroco e foi dedicada a Santo Ildefonso (606-667), Bispo de Toledo. Os destaques da Igreja de Santo Ildefonso são: a fachada principal com mais de 11 mil azulejos a representar cenas da vida de Santo Ildefonso e passagens do Novo Testamento da autoria de Jorge Colaço; as estátuas a representar São Francisco Xavier, Nossa Senhora da Boa Morte, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora da Conceição e de Santo António; as Telas a representar “Santo Sacrifício” e “Triunfo Eucarístico” da autoria de Domingos Teixeira Barreto; o Coro Alto com destaque para o órgão de tubos da autoria de Manuel de Sá Couto inaugurado em 1811; o Museu de Arte Sacra, com várias peças de caráter religioso, nomeadamente as alfaias litúrgicas em prata, os objetos em talha dourada e os Livros de Horas.
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Igreja do Carmo: a Igreja do Carmo é uma igreja do século XVIII e Quartel-General da Guarda Nacional Republicana na cidade do Porto, localizada na rua do Carmo. A Igreja do Carmo, oficialmente designada por Igreja da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, começou a ser construída em 1756 em estilo Barroco e Rococó e foi concluída em 1680 com um projeto inicial de José de Figueiredo Seixas, natural de Viseu e aluno de Nicolau Nasoni. A Igreja do Carmo foi construída para ser a sede da Ordem Terceira do Carmo no Porto, e inaugurada em 1736 com somente doze membros. A Ordem do Carmo já estava implantada em Portugal, nomeadamente em Lisboa, Setúbal, Faro e Viseu. As Ordens podem ser divididas em três categorias: a Ordem Primeira: é a ordem destinada aos homens (frades e monges); a Ordem Segunda: é a ordem dedicada às mulheres (freiras e monjas); e a Ordem Terceira: é a ordem dedicada a leigos, pessoas que não querem abandonar a vida quotidiana, mas que se identificam com determinada ordem religiosa. As Ordens Terceiras apareceram em 1212 quando São Francisco começou a integrar pessoas que não queriam a rigidez da vida monástica, mas ao mesmo tempo pretendiam evoluir espiritualmente. Após esta primeira situação, este exemplo foi seguido pelos Dominicanos em 1406, Agostinhos a 1409 e Carmelitas no ano de 1452.
Os principais pontos de interesse são:
- Fachada principal, com o nicho central envidraçado com a imagem de Santa Ana, a padroeira da Igreja; o Brasão da ordem no tímpano; as Esculturas dos Quatro Evangelistas, Mateus, Marcos Lucas e João.. As estátuas foram inauguradas em 1765 e encontram-se no topo da Igreja; os Nichos com imagens dos Profetas Elias e Eliseu esculpidas em Itália, localizadas em cada um dos lados da entrada principal da igreja; o Varandim da autoria de Nicolau Nasoni;
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- Fachada lateral com painel de azulejos brancos e azuis, colocados na fachada entre 1907 e 1912 da autoria de Silvestre Silvestri, um professor italiano da Escola Industrial Infante Dom Henrique, e executados por Carlos Branco. Os painéis de azulejos retratam vários episódios do Catolicismo, nomeadamente a Aparição da Virgem a São Simão Stock, um frade carmelita inglês que viveu no século XIII; a imposição do escapulário, peça de pano colocado por cima dos ombros de Cristo, no Monte Carmelo; os Escudos de dois Papas; e os Escudos do Bispo do Porto Dom António Barroso.
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- Casa Escondida: considerada a casa mais estreita da cidade do Porto, encontra-se no meio das duas igrejas: a Igreja do Carmo e Igreja das Carmelitas. A casa foi construída em 1756 e chegou a ser frequentada por médicos, capelães, monges ou artistas de restauro. A casa tem três pisos, cada um com uma divisão, nomeadamente quarto, sala de estar e cozinha. Os principais destaques da Casa Escondida do Porto são: o Quarto, com um pequeno espaço onde eram realizados despachos feitos pelo Sacristão do Porto e capelães; e;a Sala de estar, utilizada como local de reuniões secretas durante períodos importantes da História de Portugal, nomeadamente durante as Invasões Francesas de 1809, durante o Cerco do Porto de 1832-33, e depois da implantação da República em 1910;
- Capelas laterais: são as seis capelas que representam os Passos da Paixão de Cristo. As capelas foram inauguradas em 1771: Jesus no Horto; Jesus Preso à Coluna; O Senhor Preso; Senhor dos Passos; “Ecce Homo”; Jesus Coroado de Espinhos;
- Capela-Mor: a Capela-Mor foi inaugurada em 1773 com um projeto da autoria de Francisco Pereira Campanhã onde podemos observar: a Imagem do Senhor Crucificado; a Imagem de Santa Ana; a Imagem de Nossa Senhora do Carmo; o Teto com uma pintura a representar a Ressurreição de Cristo; as Catacumbas, construídas em 1845 com um espaço disponível para 140 túmulos. As catacumbas foram utilizadas até 1869, ano em que a Ordem do Carmo comprou uma fração do Cemitério de Agramonte e tornou-se no maior cemitério privado da cidade do Porto com aproximadamente duas mil sepulturas. As catacumbas foram transformadas em cofres após a trasladação dos túmulos para o Cemitério de Agramonte.
Igreja dos Carmelitas: a Igreja das Carmelitas é uma igreja do século XVII, localizada na rua do Carmo, construída entre 1619 e 1680 em estilo Barroco, pertencia ao Convento dos Carmelitas Descalços. A Ordem dos Carmelitas Descalços faz parte da Ordem do Carmo, foi criada em 1593 por Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz. A igreja tem os seguintes destaques: Fachada principal com imagens de São José, Santa Teresa de Nossa Senhora do Carmo; a Capela-Mor com o retábulo em talha dourada da autoria de Joaquim Teixeira de Guimarães e executa por José Teixeira Guimarães; a Capela dedicada a Nossa Senhora do Carmo inaugurada em 1639 com um projeto da autoria de Jerónimo da Mota Teixeira; a Capela dedicada a Nossa Senhora das Dores de 1637 executada e planeada por Manuel Tavares; e o Órgão de tubos do século XVIII.
Museu e Igreja da Misericórdia do Porto: o Museu e Igreja da Misericórdia do Porto é um espaço onde se divulga a História da Santa Casa da Misericórdia do Porto, localizado na rua das Flores. Este local relata a história da Santa Casa na cidade do Porto entre o século XVI e 2013, tendo sido edificado numa rua icónica da cidade, originalmente designada por rua de Santa Catarina das Flores, mandada construir no século XVI pelo Rei Dom Manuel com o objetivo de estabelecer a ligação entre o Mosteiro Feminino de São Bento de Ave Maria e o Convento Masculino de São Domingos. A Santa Casa da Misericórdia foi criada pela Rainha Dona Leonor, viúva de Dom João II, em 1498 com a designação de Confraria de Nossa Senhora da Misericórdia em Lisboa. A Misericórdia foi inaugurada no Porto no ano seguinte com o objetivo de prestar ajuda aos mais pobres da sociedade devido à peste negra, fome e guerra que existia por toda a Europa. O Museu e Igreja da Misericórdia do Porto é conhecido pelas 14 Obras, nomeadamente:
- Obras Corporais: Dar de comer a quem tem fome; Dar de beber a quem tem sede; Vestir os nus; Dar pousada aos peregrinos; Assistir aos enfermos; Visitar os presos; Enterrar os mortos;
- Obras Espirituais: Dar bons conselhos; Ensinar os ignorantes; Corrigir os que erram; Perdoar as injúrias; Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo; Rogar a Deus por vivos e defuntos;
Os pontos de interesse do Museu e Igreja da Misericórdia do Porto são: a Igreja da Misericórdia, inaugurada em 1550 e benzida pelo Bispo do Porto Dom Rodrigo Pinheiro em 1559. A igreja foi reconstruída no século XVIII com um projeto da autoria de Nicolau Nasoni e apresenta os seguintes pontos de interesse: as Pinturas da autoria de Diogo Teixeira e executado em 1591 e 1592 a representar “A Anunciação”, “A Visitação” e “A Adoração dos Pastores”; a Misericórdia do Porto, “História e Acão”: aqui há a destacar a história de várias figuras ligadas à Santa Casa da Misericórdia do Porto, nomeadamente: Dom Francisco de Noronha e Menezes; José Rodrigues d’Araújo Porto; Dom Lopo de Almeida; António Monteiro dos Santos; Manuel José Pereira de Lima; José António dos Santos; Manuel António Monteiro dos Santos;
“Pintura e Escultura”, com destaque para: Sagrada Família; Nossa Senhora da Misericórdia; Adoração dos Reis Magos; e Urna de Quinta-Feira Santa;
“Ourivesaria e Paramentaria”, com destaque para: Cristo Morto; e Cabeça relicário de São João Batista;
Igreja de São Martinho da Cedofeita: a Igreja da Cedofeita é considerada a igreja mais antiga da cidade do Porto, localizada no Largo do Priorado. A primeira igreja foi construída há aproximadamente 1500 anos durante a ocupação sueva e existem duas lendas que explicam a construção, nomeadamente:
- Promessa que o Rei Suevo Teodomiro fez a São Martinho devido à cura da doença do filho;
- A igreja ter sido construída em tempo recorde, ficando popularmente conhecida como “Cito Facta”, que significa “Feito Credo”. Esta expressão deu origem à palavra Cedofeita;
A Igreja de São Martinho da Cedofeita foi remodelada ao longo da História, nomeadamente em 1923, com vários pontos de interesse: o Portal do século IX; o Tímpano do portal Norte; a Inscrição em lápide; e a Capela-Mor do século XI.
Igreja e Colégio de São Lourenço: a Igreja de São Lourenço é uma igreja do século XVI, localizada no Largo do Colégio, construída em várias fases: entre 1577 e 1622; e a fachada principal entre 1690 e 1709 no estilo Maneirista e Barroco-Jesuítico com um projeto inicial da autoria de Afonso Álvares. A igreja é conhecida pelos portuenses como “Igreja dos Grilos” devido à presença dos Frades Descalços de Santo Agostinho, que tinham vindo de Espanha para Lisboa, onde se estabeleceram no Sítio do Grilo e passaram a ser designados pelo povo por “frades-grilos”. em associação ao Convento dos Grilos em Lisboa. A igreja foi administrada por várias instituições, nomeadamente:
- Jesuítas: desde 1577 até à expulsão decretada pelo Marquês de Pombal em 1759;
- Universidade de Coimbra: entre 1759 e 1780;
- Frades Descalços de Santo Agostinho entre 1780 e 1832;
- Ocupação do edifício durante o Cerco do Porto (1832-33) pelo Batalhão Académico, apoiante de Dom Pedro;
- Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição: função que desempenha desde 1834;
Os principais pontos de interesse são: - a Igreja de São Lourenço, com a passadiço de ligação entre as duas torres sineiros que permite observar a cidade do Porto e de Vila Nova de Gaia; as duas torres sineiras;a Capela-Mor, com retábulo de estilo neoclássico com uma pintura a representar “Jesus Cristo Inflamando o Coração de Santo Agostinho” da autoria de João Batista Ribeiro; a Arca sepulcral de Frei Luís Álvares de Távora, um dos maiores financiadores da construção da igreja; a imagem do Diácono São Lourenço, Santo Padroeiro da igreja; Santa Helena, mãe de Santo Agostinho; a imagem de Santo Agostinho; a imagem de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus; a capela de Nossa Senhora da Purificação, com o retábulo construído entre 1729 e 1733 pelos entalhadores Francisco Pereira de Castro e António Pereira e pelo dourador Pedro da Silva Lisboa; o Altar do Coração de Jesus com um painel da autoria de Marques de Oliveira em 1882; o Altar relicário, construído em estilo Barroco com 14 bustos-relicários de vários santos, nomeadamente uma das Onze Mil Virgens, Santa Úrsula, Santa Luzia, São Sisto Papa e Mártir; o Coro Alto, com um órgão ibérico do século XVII;
- Museu de Arte Sacra e Arqueologia, criado pelo Bispo Auxiliar do Porto Dom Domingos Pinho de Brandão (1972-1988) no final da década de 1950 e destaca-se pela Sala dedicada à Arqueologia com peças da vida quotidiana da Idade do Ferro até ao século I d.C; a reprodução de uma casa Romana com a existência de um “impluvium”, ou seja, um lago que era comum no pátio das residências romanas e que servia de reservatório de água; o Corredor das Confissões, com arte sacra que inclui o Antigo Testamento e vida dos santos; a Sala Irene Vilar, dedicada a esta escultora, com Busto de São Nuno de Santa Maria, a coleção privada de numismática de Irene Vilar. O Corredor das Confissões, também conhecido por Corredor das Lousas, com coleção de arte sacra, organizada desde o Antigo Testamento até à vida dos Santos; a Sala Dom Domingos Pinho de Brandão (1920-1988), dedicada à vida e obra do fundador do museu com destaque para quatro pinturas de finais do século XVI e inícios do século XVII que integravam a coleção privada de Dom Domingos Brandão; a documentação e Fotografias relacionadas com a fundação do museu; e os livros escritos por Dom Domingos Pinho Brandão dedicados à Epigrafia e talha dourada.
Igreja Paroquial do Nosso Senhor do Bonfim: a Igreja do Bonfim é uma igreja do século XIX, localizada na rua do Monte do Bonfim, foi construída entre 1874 e 1894 com um projeto da autoria de José Luís Nogueira Júnior e António Sardinha em estilo neoclássico. A igreja faz parte da freguesia do Bonfim, conhecida essencialmente por duas particularidades: foi o pólo industrial do Porto entre o século XIX e a primeira metade do século XX; e a a população fabril morava nas “ilhas”.
A Igreja Paroquial de Nosso Senhor do Bonfim é dedicada a Santa Clara, ao Senhor do Bonfim e da Boa Morte, com pontos de interesse: Fachada principal com alto relevo em representação do carneiro, símbolo da inocência de Jesus Cristo; a imagem a representar a Fé; e as duas torres sineiras com 42 metros de altura. E a Capela-Mor, construída em estilo neoclássico com destaque para a pintura a representar “O Calvário de Cristo” da autoria de Júlio Costa.
Igreja da Santíssima Trindade: a Igreja da Santíssima Trindade é uma igreja do século XIX, também uma das maiores igrejas da cidade do Porto, localizada na Rua da Trindade, foi construída em estilo Neoclássico e Barroco com um projeto da autoria de Carlos Amarante (1748-1815), responsável por várias obras no país, nomeadamente o Templo das Taipas, a conhecida e já extinta Ponte das Barcas no Porto, o edifício da Reitoria da Universidade do Porto, o Palácio da Brejoeira em Monção, a reconstrução da Fortaleza de Valença ou a Igreja do Bom Jesus de Braga. A Ordem Terceira da Santíssima Trindade foi criada em 1755 por bula do Papa Bento XIV e foi responsável pela administração de vários edifícios religiosos do Porto até à construção da Igreja da Trindade, nomeadamente Capela da Senhora da Batalha e Igreja do Senhor do Calvário. Este templo destaca-se das restantes igrejas portuenses devido à qualidade do trabalho em talha dourada, pela perfeição do mármore e pela imponência interior do edifício. As principais atrações da Igreja da Santíssima Trindade são: a Fachada principal com o relógio mecânico no centro da fachada, entre as duas torres sineiras; as Imagens a representar São João da Malha e São Félix de Valois, os fundadores da Ordem da Santíssima Trindade. A Capela-Mor, projetada por Marques da Silva com destaque para o retábulo de talha dourada a representar a Santíssima Trindade; a tela a representar “O Batismo de Cristo” da autoria de José de Brito. Nos retábulos laterais: o Sagrado Coração de.Maria; a Nossa Senhora das Dores; a Santa Teresinha; o São José; o Sagrado Coração de Jesus. e o Túmulo de Carlos Amarante.
Igreja Paroquial de São Nicolau: a Igreja Paroquial de São Nicolau é uma igreja do século XVIII, localizada na rua do Infante Dom Henrique. A primeira versão da igreja foi construída em 1671 e a versão actual foi reconstruída entre 1758 e 1762 depois de um grave incêndio. São Nicolau (270-342) viveu durante o apogeu das perseguições aos cristãos no Império Romano, contudo conseguiu ser eleito Bispo de Mira, na Turquia. Foi uma das principais figuras no Concílio de Trento (1545-1563). São Nicolau é Santo Padroeiro da Rússia, da Grécia e da Noruega, Patrono dos guarda-noturnos na Arménia e das crianças em Bari. O Santo surge sempre representado nas estátuas e pinturas com três crianças a sair de uma silha de sal e com uma bolsa de moedas, existindo duas lendas associadas a estes símbolos:
- Três crianças terão sido assassinadas por um talhante, que as salgou numa silha de sal em Miral. Passados uns anos São Nicolau visitou o talhante e descobriu as crianças que ainda estavam salgadas e, de acordo com a lenda, ressuscitou-as;
- Em Mira existia um viúvo que tinha três filhas que estavam próximas da idade de casar. O homem não tinha dinheiro para o dote e por isso decidiu que a única forma de arranjar o dinheiro seria a prostituição. São Nicolau soube do que se passava e para evitar que tal acontecesse, resolveu subir ao telhado da casa onde moravam e colocou na chaminé três sacos com moedas de prata, que caem nas meias, que estavam a secar junto da lareira.
A Igreja Paroquial de São Nicolau foi reconstruída em estilo Barroco e Rococó num projeto da autoria de Frei Manuel de Jesus Maria, com destaque para: a fachada principal com azulejos da segunda metade do século XIX; a imagem de São Nicolau num nicho envidraçado por cima do portal de entrada; a Capela-Mor construída em estilo Rococó com retábulo em talha dourada da autoria de Frei Manuel Jesus Monteiro; pintura a representar a “Adoração do Santíssimo Sacramento” da autoria de João Gama Stroberle; e imagem de São Nicolau. Na Sacristia com as peças de ourivesaria da autoria de Domingos Sousa Coelho. O Altar de Nossa Senhora da Conceição; e o Altar de Santo Elói com a imagem de Santo Elói (588-660) da Confraria dos Ourives. Santo Elói (588-660) nasceu a 1 de Dezembro e desempenhou várias funções ao longo da vida, nomeadamente Ourives Oficial dos Reis Clotário II (584-629) e Dagoberto I (606-639), Bispo de Noyon e Tournai e executou várias obras como ourives, designadamente os relicários para Saint Germain de Paris ou São Martinho. Santo Elói é o Santo Padroeiro dos Ourives e surge sempre representado com o martelo dos ourives. A estátua encontra-se aqui Igreja Paroquial de São Nicolau porque era o ponto de encontro da Confraria dos Ourives.
Igreja de São Pedro de Miragaia: a Igreja de São Pedro de Miragaia é uma igreja do século XVIII, localizada no Largo de São Pedro de Miragaia, foi reconstruída a partir de 1740 devido ao crescimento do bairro de Miragaia. Miragaia começou por ser um bairro de pescadores construído fora das muralhas da cidade do Porto, com um grande crescimento populacional a partir do século XVIII. Este bairro é conhecido devido às casas decoradas com azulejos e varandas construídas com ferro forjado e à ocorrência regular de cheias do rio Douro devido à construção das casas ao mesmo nível do rio.
A Igreja de São Pedro de Miragaia destaca-se pela fachada principal com os azulejos do século XIX; a Capela-mor inaugurada em 1724 com um projeto da autoria de António Gomes e Caetano da Silva Pinto. O douramento da capela foi concluído em 1730 por Francisco Barbosa Monteiro; a Capela do Espírito Santo onde podemos observar um tríptico da autoria do pintor flamengo Berend Van Orley (1492-1542) a representar “O Tríptico do Espírito Santo” ou “Tríptico de Pentecostes” “Pentecostes”, “São João Batista e o doador” e “São Paulo”.
Igreja de São José das Taipas: a Igreja de São José das Taipas é onde se encontra o mais antigo presépio da cidade do Porto, localizada no Campo Mártires da Pátria. A igreja, administrada pela Irmandade das Almas de São José das Taipas criada em 1780, foi construída entre 1795 e 1878 em estilo neoclássico com um projeto da autoria de Carlos Cruz Amarante. O local da construção era designado como “Taipas” por ser este o espaço onde se enterravam os cadáveres das pessoas que contraíram a peste negra no século XVI, e que eram entaipados para não propagar a doença ao resto da população. A igreja é, atualmente, o ponto de partida para uma procissão anual que homenageia as vidas perdidas durante o Desastre da Ponte das Barcas: esta procissão termina no baixo-relevo “Alminhas da Ponte” da autoria de Teixeira Lopes. Os principais pontos de interesse da Igreja de São José das Taipas são: a Pintura com representação do “Desastre da Ponte das Barcas”, um acontecimento trágico aconteceu durante a Segunda Invasão Francesa no dia 29 de Março de 1809. Esta ponte foi construída em cima de barcas e fazia a ligação entre o Porto e Vila Nova de Gaia e abateu devido ao pânico das pessoas que fugiam das tropas francesas; o relicário de Santa Clara (1843-1899), fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, beatificada em 2011; o relicário dos Pastorinhos de Fátima, Francisco e Jacinta; a pintura da escola alemã a representar Nossa Senhora da Divina Providência; a Cripta; a torre da igreja, de onde podemos observar a cidade do Porto; e o Núcleo Museológico da Irmandade das Almas de São José das Taipas, com destaque para o presépio do século XVIII, da autoria de Machado de Castro, é considerado o presépio mais antigo da cidade do Porto.
Capela do Divino Coração de Jesus: a Capela do Divino Coração de Jesus é um edifício religioso do século XIX, localizado na Rua do Almada, próximo da Praça da República. A capela é conhecida como “Capela dos Pestanas”, foi construída em estilo Neo Gótico entre 1878 e 1890, encomendada por José Joaquim Pestana. A Capela dos Pestanas foi inspirada na Capela de Saint Chapelle em Paris com os seguintes destaques: a Fachada principal com e os vitrais da Capela desenhados na Bélgica.
As praias do Porto
Praia de Gondarém: a Praia do Gondarém é uma praia com aproximadamente 115 metros de extensão, localizada na Avenida do Brasil. O nome Gondarém significa “descanso na batalha” e era o local de descanso dos militares. A praia, também conhecida por Praia da Conceição, apresenta vários destaques, nomeadamente: Galardão de Bandeira Azul e Praia de Ouro; é uma praia muito frequentada por crianças; procurada para a prática de pesca desportiva; tem Bares e restaurantes nas proximidades;
Praia dos Ingleses: a Praia dos Ingleses é uma praia com aproximadamente 86 metros de extensão, localizada na rua Coronel Raúl Peres. A Praia dos Ingleses tem os seguintes pontos de interesse: rochas com mais de 570 milhões de anos; pertence à Praia da Foz;
Praia do Homem do Leme: a Praia do Homem do Leme é uma praia com aproximadamente 374 metros de extensão, foi a primeira praia do Porto a receber Bandeira Azul, localizada na Avenida de Montevideu. A praia é assim designada devido a dois motivos principais: homenagear os pescadores; presença da estátua “O Homem do Leme” da autoria de Américo Gomes e inaugurada em 1934;
A praia apresenta as seguintes atrações: galardão de Bandeira Azul, praia de Ouro e praia Acessível para todos; Miradouro da Praia do Homem do Leme; Jardim do Homem do Leme;
Praia do Castelo do Queijo: a Praia do Castelo do Queijo é onde se encontra o Castelo do Queijo, localizada na Praça João Gonçalves Zarco. A praia é assim designada devido à presença do castelo e por existir uma rocha com aspeto parecido com um queijo. Os principais destaques são: o Castelo do Queijo ou Forte de São Francisco Xavier do Queijo; o monumento dedicado a Dom João VI; e os Jardins da Avenida de Montevideu.
As Pontes do Porto
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Ponte D Maria Pia: a Ponte Dona Maria Pia é a ponte mais antiga do Porto que faz a ligação do Porto e Vila Nova de Gaia. A ponte simboliza o avanço da cidade do Porto na arquitetura do ferro, considerada a cidade mais precoce da Europa na utilização deste material na construção civil. A ponte, considerada uma obra de ponta na época, foi construída entre 1876 e 1877 com um projeto da autoria de Théodore Seyrig, engenheiro da empresa de Gustavo Eiffel e nela trabalharam aproximadamente 150 operários, foram utilizados 1600000 kgs de ferro. A ponte foi inaugurada no dia 4 de Novembro de 1877, contou com a presença de Dom Luís I e de Dona Maria Pia. A ponte foi usada para transporte ferroviário, fazia a ligação a Lisboa, até à inauguração da ponte de São João em 1991. A ponte apresenta algumas curiosidades:
- O tabuleiro ferroviário tem uma extensão de 354 metros de extensão, 4.5 metros de largura e encontra-se a 61 metros acima do nível das águas do rio Douro;
- A ponte inicia o surgimento do comboio no Porto;
- Quando foi inaugurada, a Ponte D Maria Pia tinha o maior arco de ferro do mundo com 160 metros de vão, ou seja, as duas nascentes do arco, e 42,60 metros de flecha;
- O primeiro comboio a atravessar a ponte tinha 24 carruagens e transportava aproximadamente 1200 passageiros;
- A primeira pessoa a atravessar a ponte foi uma mulher: Dona Adelaide Lopes, esposa de Pedro Inácio Lopes, Engenheiro-Chefe da Companhia Real dos Caminhos-de-Ferro Portugueses;
- A Ponte Dona Maria Pia é o único monumento português que faz parte da lista da American Society of Engineering.
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Ponte Dom Luís I: a Ponte Luís I é a ponte que faz a ligação entre o Morro da Sé no Porto e a Serra de Nossa Senhora do Pilar em Vila Nova de Gaia e entre a Ribeira no Porto e as Caves de Vinho do Porto em Vila Nova de Gaia. A ponte foi construída entre 1881 e 1887 com um projeto da autoria Théodore Seyrig, autor da Ponte Dona Maria Pia em representação da empresa de Gustave Eiffel, em representação de Société Willebroeck de Bruxelas, uma terceira empresa. A ponte teve duas inaugurações com a primeira inauguração do tabuleiro superior da ponte em 1886 e a segunda inauguração em 1887 com o lançamento do tabuleiro inferior. A ponte Ponte Dom Luís I apresenta várias curiosidades, designadamente:
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- A ponte teve portagem no tabuleiro superior entre 1886 e 1944;
- O tabuleiro superior tem 392 metros de extensão;
- O tabuleiro inferior tem 174 metros de extensão;
- O tabuleiro superior integra uma das Linhas de Metro do Porto, com ligação entre a Sé, o Jardim do Morro e a Avenida da República em Vila Nova de Gaia;
- O tabuleiro superior pode ser atravessado a pé, faz a ligação entre a Sé Catedral do Porto e a Serra de Nossa Senhora do Pilar em Vila Nova de Gaia;
- O tabuleiro inferior é usado para passagem de veículos motorizados e pessoas. Faz a ligação entre a Ribeira no Porto e as Caves de Vinho do Porto em Vila Nova de Gaia.
Ponte da Arrábida: a Ponte da Arrábida é a primeira grande ponte sobre o rio Douro projetada construída por portugueses. A Ponte da Arrábida foi inaugurada em 1963 com um projeto da autoria do Engenheiro Edgar Cardoso, conhecido por “Engenheiro das Pontes” autor de várias obras no país, nomeadamente:
- Ponte de Mosteirô de 1968 sobre o rio Douro;
- Ponte da Foz do rio Sousa, na margem direita do rio Douro de 1948 e foi a primeira grande obra de Edgar Cardoso;
- Ponte de São João;
Os destaques da Ponte da Arrábida são que em 1963 a Ponte da Arrábida era uma ponte com o vão do arco de betão armado maior do mundo: 270 metros; o arco tem um peso total de 2200 toneladas; e a partir de 2016 o arco da ponte tornou-se no único arco visitável em toda a Europa.
Ponte de São João: a Ponte São João é uma ponte ferroviária, com ligação entre a cidade do Porto e Vila Nova de Gaia. A Ponte de São João foi inaugurada em 24 de Junho de 1991, dia de São João com um projeto da autoria de Edgar Cardoso. A ponte foi construída com o objetivo de substituir a Ponte Dona Maria Pia para que fosse possível uma ligação ferroviária mais moderna entre as duas cidades do Douro. A Ponte de São João apresenta como pontos de interesse: três arcos, dois com 125 metros de comprimento e o arco central com 250 metros; e a existência de um laboratório na base da ponte onde eram feitos os projetos em escala real.
Ponte do Freixo: a Ponte do Freixo é uma ponte rodoviária com ligação entre o Porto e Vila Nova de Gaia. A Ponte do Freixo foi inaugurada em 1995 com um projeto da autoria do Professor António Reis. A ponte foi construída com o objetivo de desanuviar o trânsito intenso que existia na Ponte da Arrábida e na Ponte Dom Luís I. Tem vigas com 18 metros de largura; o tabuleiro da ponte tem quatro faixas de rodagem em cada sentido; a ponte tem oito vãos; passam diariamente aproximadamente 100 mil viaturas na ponte.
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Ponte do Infante Dom Henrique: a Ponte do Infante Dom Henrique é uma ponte rodoviária com ligação entre Vila Nova de Gaia e Porto. A ponte foi inaugurada em 2003 com um projeto da autoria de António Adão da Fonseca e Francisco Milianes Mato. Esta ponte faz a ligação entre a zona das Fontainhas, no Porto, e a Serra do Pilar em Vila Nova de Gaia. A Ponte do Infante Dom Henrique tem um arco construído em betão com 280 metros de altura, sendo considerado o quarto maior vão do mundo aquando da inauguração; e o tabuleiro da ponte tem uma extensão de 371 metros e uma largura de 20 metros.
Cafés Históricos do Porto
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Café Majestic: o Café Majestic é um café histórico, localizado na rua de Santa Catarina. O Majestic foi inaugurado em 1921 com o nome Elite e tornou-se de imediato uma atração na cidade, foi frequentado por várias figuras importantes ao longo da História, nomeadamente Gago Coutinho, Beatriz Costa, José Régio, Teixeira de Pascoaes ou Leonardo Coimbra. O Café Majestic viveu o apogeu entre 1921 e a década de 1960 através da realização de inúmeras tertúlias e conferências, período em que entrou em decadência até à reinauguração em 1994. Neste café é possível sentir o ritmo e a vida do Porto da Belle Époque, dos anos 1920, através da decoração em mármore, do mobiliário, dos espelhos que rodeiam a sala principal, da decoração pormenorizada do estuque do teto, dos lustres pendurados no teto e através da presença de um pianista regularmente a atuar ao vivo. O Café Majestic foi projetado por João Queiroz no estilo Arte Nova, com um ambiente envolvido por mobiliário da Belle Époque; espelhos com mais de 90 anos; um pátio interior inaugurado em 1925 com um projeto da autoria de Pedro Mendes da Silva; várias especialidades gastronómicas, nomeadamente Chá das Cinco; rabanadas; nozes; pinhões; o pequeno almoço Majestic.
Café Guarany: o Café Guarany é um dos cafés mais antigos do Porto, localizado na Avenida dos Aliados. O Café Guarany foi inaugurado em 1933 com um projeto da autoria de Rogério de Azevedo, ficou conhecido como sendo o “Café dos Músicos” porque foi o primeiro café da cidade do Porto a ter uma mini orquestra permanente e por ser o único café em Portugal que disponibilizava refrigeração ar quente no Inverno e ar frio no Verão. O café é assim designado por homenagear a tribo de índios que viviam no Paraguai, Paraná (Brasil) e Uruguai e por ter sido inaugurado por dois homens de negócios brasileiros. O Guarany foi renovado em 2003, e destaca-se pela exposição das telas “Os Senhores da Amazónia” da autoria de Graça Morais; e um baixo-Relevo em mármore a representar um índio, da autoria de Henrique Moreira e inaugurado em 1933.
Café A Brasileira: o Café A Brasileira é um café emblemático da cidade do Porto, localizado na rua Sá da Bandeira, foi inaugurada em 1903 com um projeto da autoria de Francisco de Oliveira Ferreira e a zona de restauração foi aberta ao público em 1938. A Brasileira foi usada como um “campo de batalha” entre os apoiantes do regime de Salazar e os opositores, existindo uma curiosidade: os políticos de esquerda sentavam-se nas mesas localizadas no lado direito do café e os políticos de direita ficavam nas mesas da esquerda do espaço: O Café a Brasileira foi renovado e transformado em hotel e restaurante do Grupo Pestana, apesar de manter uma sala onde continua a existir o café histórico, com destque para a fachada principal com um parasol de ferro e vidro; a decoração interior com mármore e lustres; o mobiliário de couro gravado; as esculturas da autoria de Henrique Moreira; o espelho da autoria de Max Ingram; e o alabastro desenhado por Vimioso.
Confeitaria do Bolhão: a Confeitaria do Bolhão é a confeitaria mais antiga do Porto, localizada na rua Formosa em frente ao Mercado do Bolhão, inaugurada em 1896 e comprada pelos donos atuais em 1998, que remodelaram o espaço de acordo com o projeto original. a Confeitaria do Bolhão tem várias especialidades gastronómicas, nomeadamente mais de 50 especialidades de pão; a Tigelinha do Bolhão; o Bolo-Rei, na época do natal, é cozido de acordo com uma receita do século XIX; e a Fachada principal é decorada com mármore e a montra com os doces fabricados.
Café Imperial: o Café Imperial é o espaço onde se encontra atualmente o McDonald’s, localizado na Avenida dos Aliados. O Café Imperial foi inaugurado em 1936 com um projeto da autoria de Ernesto Korrodi e Ernesto Camilo, tornou-se num dos cafés mais luxuosos da cidade do Porto até 1995, ano em que foi aberto o McDonald’s. O edifício foi classificado como o mais bonito do mundo. O café foi palco de vários acontecimentos, nomeadamente, foi espaço de refúgio dos resistentes à ditadura de Salazar quando corriam pela Avenida dos Aliados a fugir da polícia política; o Café Imperial tinha um espaço que era denominado de “Sacristia”. Existem duas lendas que se contam acerca deste espaço: chamava-se Sacristia por estar próximo da Sacristia da Igreja dos Congregados, e seria o local escolhido por muitos padres para almoçar, especialmente nas segundas, dia de folga. O Café Imperial apresenta uma entrada principal com uma estátua de bronze a representar uma águia da autoria de Henrique Moreira; os vitrais por cima do balcão de atendimento em Art Deco da autoria de Ricardo Leone; um baixo-relevo da autoria de Henrique Moreira; e os quatro lustres enormes no teto.
Teatros do Porto
Teatro Sá da Bandeira: o Teatro Sá da Bandeira é o teatro mais antigo do Porto, localizado na rua Sá da Bandeira. O teatro foi inaugurado em 1855 com a construção de uma grande barraca de madeira para permitir a representação de peças teatrais da Companhia Equestre de João Catalão, ficou popularmente conhecido como “Teatro Circo”. A estrutura original do teatro foi crescendo ao longo dos anos até à nova estrutura em 1876, que coincide com a abertura da rua Sá da Bandeira. O Teatro Sá da Bandeira foi palco de várias peças por onde passaram atores nacionais e internacionais, nomeadamente, Sarah Bernhardt (1844-1923(: atuou no Sá da Bandeira em 1895 e era considerada a maior atriz da época; Laura Alves, Vasco Santana ou Ruy de Carvalho entre os atores nacionais; as primeiras apresentações de cinema da cidade do Porto, tendo sido o Sá da Bandeira o primeiro animatógrafo do Porto em 1897. Aurélio Paz dos Reis (1862-1931) realizou as primeiras projeções do cinema português e exibiu-as neste espaço; e foi a primeira sala de espectáculos da cidade do Porto com iluminação artificial elétrica.
Teatro Carlos Alberto: o Teatro Carlos Alberto é um teatro da cidade do Porto, localizado na rua das Oliveiras. O Teatro Carlos Alberto foi mandado construir por Manuel da Silva Neves e foi assim designado para homenagear Carlos Alberto, Rei da Sardenha que morreu exilado no Porto em 1849. O teatro foi inaugurado em 1897 com o objetivo de proporcionar espetáculos de teatro para as classes mais desfavorecidas. O Teatro Carlos Alberto foi comprado pela Câmara Municipal do Porto em 1993 e foi renovado para o Porto Capital da Cultura em 2001 com um projeto da autoria de Nuno Lacerda Lopes.
Teatro Nacional de São João (1908): o Teatro Nacional de São João é um dos teatros mais importantes da cidade do Porto, localizado na Praça da Batalha. O Teatro Nacional de São João foi inaugurado em 1910 com um projeto da autoria de Marques da Silva. O Teatro de São João foi construído para substituir o antigo Teatro do Príncipe, que incendiou em 1908. O Teatro do Príncipe foi inaugurado no dia 13 de Maio de 1798, data de aniversário do Príncipe Dom João, futuro Rei Dom João VI e foi mais tarde renomeado como Real Teatro de São João. O Teatro de São João apresenta algumas curiosidades, nomeadamente, foi construído com algumas das pedras do antigo Teatro do Príncipe; o Teatro do Príncipe, o predecessor do Teatro Nacional de São João, foi construído com algumas pedras da Muralha Fernandina;
Os principais destaques são a pintura do teto abóboda da Sala de Espetáculos da autoria de Acácio Lima; e as esculturas da autoria de Henrique Moreira;
Teatro Municipal Rivoli (1913): o Teatro Municipal Rivoli é um dos dois teatros municipais da cidade do Porto, localizado na rua do Bonjardim. O Teatro Rivoli foi inaugurado em 1913 com a designação de Teatro Nacional, mudou de nome em 1932 para Teatro Rivoli. O teatro atingiu o apogeu durante as décadas de 1940 e 1950 com a gestão de Dona Maria Borges, esposa de um dos donos do antigo banco Borges e Irmão. Após este período áureo o teatro foi mudando de proprietário até que em 1992 foi comprado pela Câmara Municipal do Porto, que o encerrou provisoriamente para que fosse remodelado com um projeto da autoria de Pedro Ramalho e reabriu em 1997. Os principais destaques do Teatro Municipal Rivoli são: a fachada principal com baixo-relevo a representar o Teatro e as Artes Cênicas da autoria de Henrique Moreira; o auditório Manuel de Oliveira; o Café concerto; e o restaurante.
Coliseu do Porto: O Coliseu do Porto é a maior sala de espetáculos do país, localizada na rua de Passos Manuel. O Coliseu foi inaugurado em 1941 no estilo Modernista e envolveu a participação de vários arquitetos, nomeadamente:
- Cassiano Branco (1897-1970): Cassiano Branco foi um dos arquitetos mais importantes do país durante as décadas de 1930 e 1940 e foi autor de vários projetos como o Edifício Cine-Teatro Éden e Avenidas Novas em Lisboa, pelo Portugal dos Pequenitos em Coimbra e pela Estação Ferroviária de Benguela em Angola;
- José Porto: autor de várias obras designadamente Casa de Manoel de Oliveira no Porto, do Hotel Bergère em Paris, remodelações dos hotéis Grande Hotel da Batalha e o Hotel Sul Americano no Porto ou do Edifício Emporium na rua Sá da Bandeira também no Porto;
- Yan Wills: autor do Estádio Olímpico de Amesterdão;
- Júlio de Brito: Júlio de Brito foi autor de algumas obras, nomeadamente o Teatro Rivoli e o edifício da Junta de Freguesia da Cedofeita;
- Charles Siclis (1889-1942): arquiteto francês responsável por algumas obras em Portugal, nomeadamente a Casa de Serralves.
Os principais pontos de interesse do Coliseu do Porto são: a fachada principal projetada por José Porto (1883-1965); a sala Principal com capacidade para três mil lugares sentados; o Grande Bar do Coliseu; e a Sala Dois.
Teatro Campo Alegre: o Teatro do Campo Alegre é um dos dois teatros municipais da cidade do Porto, localizado na rua das Estrelas. O Teatro do Campo Alegre surgiu integrado num conjunto de edifícios construídos na zona da Boavista depois da inauguração da Ponte da Arrábida em 1963, nomeadamente o Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves, a Casa da Música, o Pólo Universitário do Campo Alegre Planetário do Porto. O teatro é a sede de uma Companhia de Teatro histórica do Porto, a Seiva Trupe. O Teatro Campo Alegre tem Auditório; Café Teatro; Sala-Estúdio; e Cine-Estúdio.
Caves de Gaia, Porto
Burmester: as Caves Burmester são das caves mais antigas de produção de vinho do Porto, localizadas no Largo Dom Luís I. A Burmester foi criada em 1750 por Henry Burmester e John Nash e começou a crescer a partir de 1880 quando Johann Wilhelm Burmester comprou vários negócios, designadamente uma empresa que produzia garrafas, e dois navios para transportar o Vinho do Porto até Vila Nova de Gaia. Johann Wilhelm Burmester acabou por morrer num naufrágio na praia dos Cadouços na Foz do Porto em 1885, passando gestão da empresa para os filhos. A Burmester produz o vinho na Quinta do Arnozelo, situada na margem esquerda do Rio Douro, entre São João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Côa, numa quinta com aproximadamente 100 hectares e localizada a 300 metros de altitude. As castas principais das Caves Burmester são a Touriga Nacional, com aproximadamente 50% da produção; Touriga Franca; Tinta Roriz; e Tinto Cão.
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Sandeman: as Caves Sandeman são uma companhia de produção de Vinho do Porto, localizadas no Largo Miguel Bombarda. As Caves Sandeman foram criadas em 1790 por iniciativa do escocês George Sandeman e foi a primeira companhia de produção de Vinho do Porto a registar o primeiro barril em 1805. A Sandeman é especialmente conhecida pelo logotipo da marca, que representa um homem vestido de negro com um grande chapéu de abas largas e uma capa. Os principais destaques das Caves Sandeman são o edifício da sede construído em granito e localizado em pleno centro histórico do Porto; a Quinta do Seixo, localizada no concelho do Tabuaço, em plena região Património Mundial UNESCO; e o restaurante The George.
Espaço Porto Cruz: o Espaço Porto Cruz é um local onde é possível fazer degustação de Vinho do Porto e observar a evolução histórica do Vinho do Porto, localizado no Largo Miguel Bombarda. Os principais destaques do Espaço Porto Cruz são a Quinta de Ventozelo; o Hotel Gran Cruz House; a Boutique de Vinhos Porto Cruz; o Restaurante Porto Cruz; e o Terraço 360.
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Cálem: as Caves Cálem são a detentora da marca número um de Vinho do Porto em Portugal, localizada na Avenida de Diogo Leite. As Caves Cálem foram fundadas em 1859 por António Alves Cálem com o objetivo de exportar o vinho para o Brasil, o que constituía uma nova rota na época. As atrações das Caves Cálem são o Museu; as Adegas; e a loja.
Adriano Ramos Pinto: a Adriano Ramos Pinto localizada na Avenida Ramos Pinto no Porto, é uma das empresas de vinho do Porto mais importantes no Brasil, onde detém mais de metade do mercado deste género de vinhos. A empresa foi fundada por Adriano Ramos Pinto em 1880 e destacou-se de imediato pela diferente estratégia e inovação relativamente ao Vinho do Porto, nomeadamente, na Criação de rótulos para nichos concretos como as Forças Armadas do Brasil, com um rótulo criado com a inscrição “Exército e Marinha”; para o Clero, com o rótulo “Vinho do Porto para os Prelados”; e para o público feminino, com o rótulo “Porto Fonte” e “Porto Brasil”.
Criação de vinhos medicinais, nomeadamente o Vinho do Porto Febrífugo; e o Porto Quinado.
Adriano Ramos Pinto foi das primeiras caves a usar castas portuguesas na produção do vinho, e a misturar uvas de várias regiões e altitudes.
Os principais destaques das Caves Adriano Ramos Pinto são: a Quinta da Ervamoira; a Quinta do Bom Retiro; a Quinta da Urtiga; a Quinta de Bons Ares; e o Museu Ramos Pinto.
Caves Ferreira: as Caves Ferreira são uma das Caves mais importantes da história do Vinho do Porto, localizadas na Avenida de Ramos Pinto. As caves foram criadas em 1751 e tiveram um grande crescimento com Dona Antónia Adelaide Ferreira (1811-1896), conhecida como “A Ferreirinha”, que era respeitada e admirada por todos devido à sua grande generosidade e espírito empreendedor. “A Ferreirinha” assumiu este protagonismo depois da morte do marido num passeio de barco na Régua, em que, de acordo com a lenda, morreu afogado porque tinha os bolsos cheios de moedas de ouro. Dona Antónia conseguiu sobreviver ao desastre devido à dimensão da saia que tinha vestida e que funcionou como bóia. Os principais pontos de interesse das Caves Ferreira são: a Garrafeira Vintage, com o vinho Vintage, o único vinho do Porto que pode envelhecer em garrafa. Esta garrafeira disponibiliza vinhos desde 1815, 1820, 1834, 1847 e milhares de garrafas deixadas como herança pela “Ferreirinha”; e o edifício das Caves Ferreira, um antigo convento com destaque pela dimensão e pela decoração em madeira no interior.
Os Miradouros do Porto
Miradouro da Serra do Pilar: o Miradouro da Serra do Pilar é um miradouro de Vila Nova de Gaia, localizado no Largo Aviz. O Miradouro da Serra do Pilar é também designado de Jardim do Morro e, apesar de se encontrar em Vila Nova de Gaia, é o miradouro de onde podemos apreciar a melhor vista panorâmica sobre a cidade do Porto. Os pontos de interesse do Miradouro da Serra do Pilar são a vista sobre a cidade do Porto, o rio Douro e Vila Nova de Gaia; o Mosteiro e Igreja de Nossa Senhora do Pilar; a Ponte Dom Luís I; e o Teleférico.
Miradouro da Sé Catedral: o Miradouro da Sé Catedral é um dos miradouros mais procurados da cidade, localizado no Terreiro da Sé. Os principais pontos de interesse do Miradouro da Sé Catedral são a vista panorâmica sobre a Ribeira, Vila Nova de Gaia e a cidade do Porto; a Sé Catedral do Porto; e o Paço Episcopal.
Miradouro de Nossa Senhora da Vitória: o Miradouro de Nossa Senhora da Vitória é um ponto de vista da cidade mais escondido, localizado na rua de São Bento da Vitória. O miradouro encontra-se no coração do Bairro do Olival, um antigo Bairro Judaico, com vista sobre Vila Nova de Gaia, parte do Porto e Ponte Dom Luís; a Igreja de Nossa Senhora da Vitória; e as Ruas labirínticas do antigo bairro judaico.
Miradouro Bandeirinha da Saúde: o Miradouro Bandeirinha da Saúde é um miradouro muito frequentado pelos portuenses, localizado na rua da Bandeirinha. Este miradouro é assim designado devido à introdução da chamada “bandeirinha da saúde”, introduzida por Filipe I. A Bandeirinha era hasteada após ter sido feito o exame sanitário para perceber quem tinha ou não a Peste Negra. A bandeira era pendurada na torre de granito executada por Bastião Fernandes. Aqui podemos vislumbrar a vista panorâmica sobre a Ponte da Arrábida, a Alfândega, o Palácio de Cristal e o rio Douro; a Fonte das Virtudes e os degraus do Jardim das Virtudes que vão dar a Miragaia.
Miradouro das Fontainhas: o Miradouro das Fontainhas é um miradouro pouco conhecido do Porto, localizado na rua Gomes Freire. O miradouro é um local privilegiado da cidade devido à vista sobre quatro das seis pontes do Porto: Ponte Luís I, Ponte do Infante, Ponte Dona Maria e Ponte de São João; à vista panorâmica sobre o rio Douro e o Mosteiro de Nossa Senhora do Pilar; e por ser um local privilegiado para observar o fogo de artifício na noite de São João a 24 de Junho.
A cidade do Porto pode-se dividir em quatro zonas principais:
Centro Histórico: classificado Património Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1996 é a zona mais antiga da cidade. Esta parte da cidade tem ruas estreitas construídas ao longo do rio Douro, edifícios de dois a três andares com comércio, artesanato e gastronomia típica do Porto. Tem um aspeto confuso e sombrio mas atrativo e especial a quem quer algo de diferente e único. O centro histórico do Porto deve ser visitado a pé, apesar de ser possível fazê-lo de segway, tuk tuk, autocarro, minicomboio ou de barco. Esta parte da cidade inclui o bairro da Sé, a zona mais alta do Porto, um bairro inalterado desde a Idade Média, o Barredo, e a Ribeira, zona à beira-rio.
Baixa da Cidade: esta zona inclui a Praça da Liberdade, a Avenida dos Aliados, a rua de Santa Catarina, a rua Sá da Bandeira e a zona das Galearias de Paris. A Praça da Liberdade é onde está o edifício da Câmara Municipal do Porto e a estátua de D Pedro IV.A Avenida dos Aliados é a principal avenida do Porto. O seu nome é uma homenagem aos países que constituíam os Aliados da Primeira Guerra Mundial de 1914-1918. Ao longo desta avenida há uma grande concentração de bancos, escritórios, esplanadas e cafés. Esta avenida tem como principal destaque o Espelho de Água. A rua de Santa Catarina com uma extensão de 1500 metros, é a rua mais movimentada e mais comercial do Porto, com uma zona comercial cortada ao trânsito automóvel. A rua de Santa Catarina tem lojas de vestuário, de recordações, sapatarias, bijuterias e outro tipo de produtos. Todas estas lojas têm umas características: no seu chão têm a calçada portuguesa. Nesta rua existe um centro comercial com uma característica também única, uma vez que é o único centro comercial em Portugal que foi desenhado como forma de recriar a zona da Ribeira do Porto. Cada restaurante da zona alimentar do centro comercial Via Catarina representa um restaurante que existe na Ribeira. Na rua de Santa Catarina viveram escritores e poetas como António Nobre, Arnaldo Gama, Camilo Castelo Branco e Guerra Junqueiro. Junto à rua de Santa Catarina está a rua de Sá Bandeira com outro dos ex-libris do Porto: o Mercado do Bolhão, famoso pelos pregões das mulheres tipicamente do Porto a vender peixe e produtos frescos. Na rua Sá da Bandeira tem o Teatro Sá da Bandeira, um dos mais importantes da cidade, e o Teatro Rivoli, um marco no moderno teatro de revista. Nesta rua existe também um café símbolo da cidade: o café A Brasileira. Aqui também é possível encontrar casas típicas do Porto. Na rua Sá da Bandeira, está o Mercado do Bolhão, construído em 1850. Este mercado é especializado em bacalhau, vinho do Porto, queijos, enchidos e pão regional. A Baixa da Cidade fica completa com a rua dos Clérigos, que inclui as Galerias de Paris conhecida pela sua vida noturna, local semelhante ao Bairro Alto de Lisboa, a Universidade de Ciências do Porto, o Museu de Fotografia, o Hospital de Santo António, a Ordem Terceira e a Livraria Lello.
Avenida da Boavista: com 6 kms de extensão é a maior avenida da cidade. Construída em 1917, é o verdadeiro centro económico do Porto, onde estão os principais escritórios das empresas do país. Esta avenida está rodeada de lojas, casas e hotéis. Na Avenida da Boavista realizam-se vários eventos, nomeadamente o Circuito da Boavista. É aqui que estão estruturas como a Fundação Serralves, a Casa da Música, o principal espaço verde da cidade, o Parque da Cidade. No fim desta avenida está a zona onde foi criada a francesinha: existia uma casa perto da rotunda Boavista que criou esta iguaria portuense.
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Foz do Porto: a Foz do Porto é um dos locais mais ricos da cidade e bonitos da cidade. Na Foz é possível passear a pé, correr ou andar de bicicleta num paredão construído na década de 1930. Nesta zona do Porto tem como grandes atrações a praia do Molhe, a praia da Luz, a praia do Homem do Leme e o Castelo do Queijo.
Ruas e Praças Principais do Porto
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Avenida dos Aliados: a Avenida dos Aliados é a avenida mais importante do Porto, considerada a “sala de visitas do Porto” e o coração da cidade. Esta avenida foi projetada em duas fases distintas: Em 1916 com um projeto da autoria do urbanista inglês Barry Parker (1867-1947) e arquiteto portuense Marques da Silva no local onde existia o antigo Bairro do Laranjal; e a Renovação da avenida para a Porto, Capital Europeia da Cultura 2001 com projetos da autoria de Siza Vieira e Souto Moura.
A avenida foi inspirada no Boulevard francês de origem flamenga que estava na moda em toda a Europa durante a primeira metade do século XX. A Avenida dos Aliados é o local de excelência da vida cívica da cidade do Porto, onde se realizam as festas e manifestações mais importantes da cidade, nomeadamente as Passagens de Ano, Festas de São João, Queima das Fitas ou as vitórias do Futebol Clube do Porto, o clube de futebol mais importante da cidade. Os principais pontos de interesse são o Edifício da Câmara Municipal do Porto; o Palácio das Cardosas; a Estátua do Porto, uma estátua que representa um guerreiro romano, designado como Porto. Este monumento encontrava-se no topo do Palacete dos Monteiro Moreira, que existia na atual Praça da Liberdade e era o espaço onde funcionava a Câmara Municipal do Porto até ser destruído em 1916, ano do início da construção da Avenida dos Aliados; a Estátua de Almeida Garrett; a Estátua Equestre de Dom Pedro IV; e a Antiga sede do Café Imperial, actual Mcdonald’s.
Praça da Liberdade: é a antiga Praça Nova, ou Praça Dom Pedro, que mudou de nome depois da implantação da República em 1910. Os principais destaques são o Palácio das Cardosas, comprado por Manuel Cardoso dos Santos, deixado à mulher e filhas e por isso é conhecido por Palácio das Cardosas; e a Estátua Equestre de Dom Pedro IV;
Praça Dom João I: foi construída ao mesmo tempo que a Avenida dos Aliados, assim designada para homenagear Dom João I, um Rei que foi importante para a história da cidade. Os destaques da Praça Dom João I são o Palácio Atlântico; o Teatro Municipal Rivoli; o Edifício Realto, designado como o “arranha céus do Porto” devido a ter sido durante anos o edifício mais alto do país. O edifício foi inaugurado em 1944 com um projeto da autoria de Rogèrio de Azevedo; e os Corcéis, duas estátuas da autoria de João Fragoso, que representam um homem a dominar um cavalo selvagem.
Praça Dona Filipa de Lencastre: projetada por Barry Parker, integrava o plano de construção da Avenida dos Aliados. Os principais pontos de interesse são o Edifício do Comércio do Porto, considerado um dos primeiros projetos modernistas de Portugal, tendo sido construído entre 1928 e 1932, o edifício foi projetado por Rogério de Azevedo; o Hotel Infante Sagres, construído por Delfim Ferreira, industrial de Riba de Ave, foi decisivo para o desenvolvimento económico do norte do país. O hotel foi projetado por Rogério de Azevedo e começou a ser construído em 1945, sendo o primeiro hotel de luxo da cidade do Porto. Os destaques do são as esculturas de Barata Feyo; as pinturas da autoria de Abel Moura e Artur da Fonseca; e os Vitrais de Leone.
Terreiro da Sé: é o local de nascimento da cidade do Porto, o núcleo original da cidade. O Terreiro da Sé foi projetado e alterado em 1939 com um projeto da autoria de Arménio Losa e executado para celebrar os trezentos anos da independência de Portugal (1640-1940), festejado em todo o país, nomeadamente: em Guimarães com a reconstrução do Paço do Duque e do Castelo; em Braga; Vila Viçosa; e em Lisboa, com a reconstrução do Castelo de São Jorge.
A cidade medieval do Porto durou até 1940, sendo comum existirem ruas coladas à Sé. A rua em frente à Sé era uma das ruas mais largas, com aproximadamente nove metros de largura, era o local onde se realizava o mercado durante a Idade Média. Atualmente podemos observar no pilar da torre sul as medidas oficiais que eram usadas pelos mercadores para a instalação das bancas no mercado durante a Idade Média. Os principais pontos de interesse do Terreiro do Sé são: a Sé Catedral do Porto; o Paço Episcopal; a Casa do Cabido; e a vista panorâmica sobre o Porto e Vila Nova de Gaia.
Avenida da Boavista: a Avenida da Boavista é a maior avenida do Porto, com aproximadamente 5,5 kms de extensão. Boavista é assim designada devido à presença da Quinta da Boavista, conhecida como Quinta de Santo Ovídeo e pela “Boa Vista” que se obtinha dali. Esta avenida é também conhecida por Quinta de Santo Ovídeo, devido a encontrar-se no Campo de Santo Ovídeo, atual Praça da República, e no Monte de Germalde, onde se encontra a Igreja da Lapa. A Avenida da Boavista tem início no Hospital Militar do Porto e termina na Praça de Gonçalves Zarco, junto à Foz do Douro. Esta avenida começou a ser construída em 1850 e transformou-se no centro económico e cultural da cidade do Porto. As principais atrações da Avenida da Boavista são: o Hospital de Crianças Dona Maria Pia; o Hospital Militar Dom Pedro V, o primeiro hospital militar construído de raiz em Portugal, inaugurado em 1962; a Urbanização William Graham, assim designada devido à presença da antiga Fábrica Têxtil, uma das maiores da cidade, conhecida pelos portuenses como “A Fábrica dos Ingleses”; a Fundação Doutor António Cupertino de Miranda; o Museu do Papel Moeda; a Casa da Música; o Parque da Cidade; e a Fundação Serralves.
Praça de Mouzinho de Albuquerque / Rotunda da Boavista: assim designada desde 1903 para homenagear Mouzinho de Albuquerque (1855-1902), Governador de Moçambique. A Praça de Mouzinho de Albuquerque é comumente chamada pelos portuenses como “Rotunda da Boavista”, com duas infraestruturas importantes para a cidade, nomeadamente, a primeira estação de comboios do Porto, a Estação Ferroviária do Porto, construída em 1875. Atualmente podemos observar as ruínas deste edifício; e o Real Coliseu Portuense, uma praça de touros que não teve grande sucesso junto da população, entre 1889 e 1895;
A Boavista foi também palco de acontecimentos políticos e desportivos importantes, nomeadamente as Corridas de Automóveis da Boavista, provas de Fórmula 1 entre 1951 e 1960. Os principais destaques são o Monumento dedicado à Guerra Peninsular, projetado para ser inaugurado durante o centenário das Invasões Francesas em 1909, contudo só foi inauguado mais tarde com a intervenção dos escultores Alves de Sousa, Henrique Moreira e Sousa Caldas; e o Centro Comercial Brasília, o primeiro centro comercial do Porto, inaugurado em 1977.
Rua das Flores: a Rua das Flores é uma das ruas mais movimentadas da cidade do Porto, localizada em plena Baixa Portuense. Esta rua era designada por rua de Santa Catarina das Flores e foi mandada construir por Dom Manuel I em terrenos do Cabido do Porto, ou seja, do Clero da cidade. Devido a esta particularidade ainda hoje é possível observar os brasões em vários edifícios e palácios onde residiam os Bispos e Clérigos do Porto.
Rua de Cedofeita: assim designada devido à Igreja de São Martinho da Cedofeita, construída em 559. A rua destaca-se devido às casas típicas do século XVIII e pela presença da Igreja da Cedofeita, considerada a igreja mais antiga do Porto.
Rua das Carmelitas: a rua das Carmelitas é assim designada devido ao antigo Convento de São José e Santa Teresa das Carmelitas Descalças no século XVIII. Os destaques são o Jardim das Oliveiras, o local onde se realizava o Mercado do Anjo no século XIX; e a Livraria Lello.
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Praça da Batalha: é assim designada porque terá sido o local de uma sangrenta batalha entre o exército muçulmano liderado por Almançor e os portuenses no século X. Os portuenses foram derrotados e isso fez com que a cidade fosse devastada. Os destaques são a Igreja de Santo Ildefonso; e a Estátua de Dom Pedro V, em homenagem a Dom Pedro V que declarou o Porto como “A mais industrial cidade portuguesa”.
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Ribeira: a Ribeira surgiu durante a Idade Média, um local de intenso comércio marítimo. Atualmente é um espaço turístico onde é possível degustar a famosa gastronomia portuense, nomeadamente a Francesinha ou as Tripas à moda do Porto, e um local de diversão noturna muito procurado pelos habitantes e visitantes. Os principais destaques da zona da Ribeira são as Escadas do Barredo, uma rua escondida atrás do muro da Ribeira. Este bairro é uma grande escadaria habitado por pescadores, vendedoras do peixe e burgueses da pesca mercantil. Os destaques principais são as casas construídas praticamente sobrepostas, a humildade e genuinidade dos habitantes, os vários cafés e bares que existem em cada canto; a Ponte Dom Luís I; a “Ribeira Negra”, um painel de azulejos da autoria de Júlio Resende (1917-2011). Júlio Resende pintou uma gravura com 40 metros de extensão e 3 metros de largura em 1984 que podemos visitar no Museu dos Transportes e Telecomunicações da Alfândega do Porto. Júlio Resende adaptou essa tela de 40 metros no painel de cerâmica que se encontra no bairro da Ribeira e onde podemos observar o quotidiano das gentes da Ribeira durante a década de 1980.
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Rua de Santa Catarina: é a zona comercial do Porto, antiga rua da Bela Princesa, passou a designar-se de Santa Catarina devido a dois motivos principais: a Dedicatória a Santa Catarina de Alexandria; e por ser nesta zona da cidade que se encontrava a Quinta de Santa Catarina, uma quinta com uma pequena capela dedicada a Santa Catarina de Alexandria (287-305). Santa Catarina nasceu em Alexandria numa família nobre e foi uma das vítimas das perseguições realizadas pelo Imperador Maximiano. Santa Catarina é a padroeira dos estudantes, filósofos, advogados e surge sempre representada nas telas ou esculturas com os seguintes símbolos:
- Roda Partida, associado ao milagre em que desfez a roda dentada, onde ia ser torturada, com o sinal da cruz;
- Palma: associada à morte pela Fé;
- Mãos: as mãos simbolizam o serviço ao próximo
- Espada: significa luta, morte e renascimento;
Os destaques da rua de Santa Catarina são: a Capela das Almas; o Café Majestic; o Centro Comercial Via Catarina; e as Lojas de comércio local.
Praça Gonçalves Zarco: assim designada para homenagear Gonçalves Zarco, o navegador português que descobriu a ilha da Madeira. Esta praça apresenta alguns destaques, nomeadamente: o Forte de São Francisco Xavier, popularmente conhecido por Forte do Queijo porque aquando da construção no século XV, existia ali uma rocha circular e que era conhecida por Rochedo do Queijo; e pela estátua Equestre de Dom João VI da autoria do escultor Barata Feyo, uma réplica da estátua que o Porto ofereceu ao Brasil.
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Rua da Alfândega: a rua da Alfândega foi designada por rua da Alfândega Velha até ao século XIV e ficou conhecida por ser o local onde se encontra a casa de nascimento do Infante Dom Henrique e um dos caminhos que leva até à Ribeira. Os principais destaques são a Casa do Infante; e a zona da Ribeira.
Rua de Ferreira Borges: a rua Ferreira Borges é assim designada para homenagear o político portuense Ferreira Borges. Aqui podemos visitar as seguintes atrações: o Mercado Ferreira Borges; a Igreja de São Francisco; e o Palácio da Bolsa.
Rua dos Clérigos: era a antiga rua que fazia a ligação entre a Porta de Santo Elói e a Porta do Olival da antiga Muralha Fernandina. A rua dos Clérigos ficava fora das muralhas da cidade, sendo conhecida como Calçada da Natividade devido à existência de uma pequena capela que existiu até 1836 dedicada a Nossa Senhora da Natividade. Os principais destaques da Rua dos Cléricos são: a Torre e Igreja dos Clérigos; e o Bairro do Olival.
Rua de São João: assim designada em homenagem a São João Baptista, é uma das ruas mais importantes da cidade. A rua foi projetada pelo portuense João de Almada em estilo NeoClássico. Esta rua ganha vida especialmente na noite de 23 para 24 de Junho quando os habitantes do Porto e visitantes saem à rua para celebrar o dia de São João.
Praça de Carlos Alberto: a Praça de Carlos Alberto constitui uma homenagem ao italiano Carlos Alberto, Rei da Sardenha e Piemonte que procurou exílio no Porto em 1849, ano em que perdeu o trono. As principais atrações são Rua Miguel Bombarda, local onde se encontram a maioria das Galerias de Arte do Porto; e o monumento aos soldados da Grande Guerra (1914-1918).
Praça Almeida Garrett: é a praça dedicada a Almeida Garrett, escritor romântico nascido na cidade do Porto. Os principais destaques são a Estação Ferroviária de São Bento; e a Igreja de Santo António dos Congregados;
Rua do Almada: esta é a primeira rua retilínea do Porto construída fora da Muralha Fernandina durante a segunda metade do século XVIII. O nome é uma homenagem ao irmão do Marquês de Pombal, João de Almada e Mello.
Rua de São Bento da Vitória: localizada na Colina do Olival, é uma das ruas da Judiaria do Porto. É assim designado devido à Igreja de São Bento da Vitória. As atrações são a Igreja de São Bento da Vitória; o Miradouro de São Bento da Vitória; e o Tribunal e Cadeia da Relação, onde esteve preso Camilo Castelo Branco.
Rua de Passos Manuel: rua assim designada para homenagear Passos Manuel (1801-1862), político e reformador da Educação em Portugal. As atrações são o Coliseu do Porto; e o Ateneu Comercial.
Rua de Afonso Martins Alho: é a rua mais pequena do Porto com aproximadamente 30 metros de extensão. A rua é assim designada como homenagem ao mercador portuense. Afonso Martins Alho foi o responsável por negociar o primeiro tratado comercial entre Portugal e Inglaterra. Este acordo foi alcançado durante o Reinado de Eduardo III e incluia cláusulas inovadoras, nomeadamente a troca de bacalhau por vinho verde a partir de Viana do Castelo. A expressão “fino como um alho” tem origem neste mercador, que era considerado um brilhante negociador.
Festas e eventos no Porto
O Porto é uma cidade cosmopolita e tradicional, tem feiras e festas de grande quantidade e variedade que atraem todo o tipo de público, nomeadamente:
- Passagem de Ano e concerto de Ano Novo na Avenida dos Aliados
- Fantasporto: Festival Internacional de Cinema do Porto que se realiza em Fevereiro
- Exposição de Camélias: realiza-se de 5 a 12 de Março
- Exposição de Orquídeas: realiza-se em Março
- Festival Intercéltico do Porto: festival de música celta que se realiza em Março e Abril nas mais variadas salas de espetáculos do Porto a partir de Julho de 1985 e que atrai artistas de todo o mundo
- Desfile dos Carros Elétricos: realiza-se em Maio e é feito em colaboração com o Museu do Carro Elétrico
- Queima das Fitas: festa universitária em que os estudantes saem à rua com capa e batina e fazem um desfile de carros alegóricos. Realiza-se em Maio
- FITEI: Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica realiza-se em Maio e em Junho
- Optimus Primavera Sound: festival de música que se realiza em Junho
- Porto Cartoon World Festival: festival de desenho humorístico que atrai artistas de todo o mundo e que se realiza em Junho
- Serralves em Festa: festival de música clássica que se realiza num fim-de-semana em Junho, de forma contínua, 24 horas sobre 24 horas, de Sexta a Domingo e de entrada gratuita.
- São João: realiza-se entre 23 e 24 de Junho e celebra o nascimento de São João Batista. A festa de S João do Porto tem origens pré-cristãs e tinha o objetivo de festejar a fertilidade, as colheitas agrícolas e a abundância. Nesta festa usa-se um martelo para se bater na cabeça das pessoas e realiza-se uma procissão e uma missa
- Jazz no Parque: festival de jazz que se realiza em Julho
- World Bike Tour: corrida de bicicleta que percorre cerca de 13 kms, começando na ponte da Arrábida e acabando em Matosinhos. Realiza-se em Julho
- Red Bull Air Race: festival aéreo mundial que combina alta velocidade, baixa altitude e manobras difíceis de executar. Realiza-se em várias cidades do mundo, entre elas o Porto
- Circuito da Boavista: corrida histórica de automóveis da cidade do Porto que se realiza desde 1931, apesar de ter estado parada durante alguns anos. É conhecida internacionalmente e atrai pilotos de renome devido à dificuldade do percurso na Avenida da Boavista
- Festival Internacional de Jazz: festival de jazz que se realiza em Setembro
- Meia Maratona do Porto: corrida com cerca de 21 kms que começa na ponte do Freixo e acaba no Jardim do Cálem, já quase na foz do rio Douro. Realiza-se em Setembro
- Portugal Fashion: festival de moda criado em 1995. É dos maiores eventos de moda da Península Ibérica e realiza-se em Novembro
- FITU: Festival Internacional de Tunas Universitárias. É o festival de Tunas Académicas mais antigo do país e atrai tunas de todo o país, de Espanha, México, Porto Rico, Perú, Colômbia e Holanda. Realiza-se em Novembro
- Corrida de São Silvestre: corrida que se realiza todos os anos no dia 31 de Dezembro antes da passagem de ano. Tem um percurso de cerca de 10 kms e começa e acaba na Avenida dos Aliados
Gastronomia típica do Porto
A gastronomia do Porto é o resultado de uma herança multicultural e milenar. O Porto tem uma enorme variedade de pratos, quer sejam de peixe, de marisco, de carne, de doçaria regional e conventual. Inserida na região demarcada de vinho mais antiga do mundo, o Porto oferece um vinho para cada situação. O mais famoso é o vinho do Porto. Os pratos típicos desta cidade são únicos no mundo:
- Anho da Festa de São João
- Broa de Milho
- Bacalhau à Gomes de Sá
- Bacalhau à D Tonho
- Bacalhau Cru Desfiado
- Bacalhau à Zé do Pipo
- Biscoito da Teixeira
- Cabrito Assado com Vinho do Porto
- Cabrito ou Anho Assado
- Caldo Verde
- Canapés à Moda do Porto
- Folhados de Salsicha e Queijo
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- Francesinha à Moda do Porto
- Maçapão
- Pão-de-ló
- Papos de Anjo de hóstia
- Paté de Atum à Sapateira
- Polvo com Molho Verde
- Tripas à Moda do Porto: dobrada de vitela com enchidos e feijão branco
A gastronomia do Porto não estaria completa sem se falar no vinho do Porto, conhecido como néctar dos deuses. O vinho do Porto é produzido na mais antiga região vinícola do mundo, com a criação da Companhia Geral das Vinhas do Alto do Douro em 1756 pelo Marquês de Pombal. O vinho do Porto é cultivado nas margens do rio Douro. Este rio nasce na serra de Urbión em Espanha a mais de 2200 metros de altitude. A rede hidrográfica do Douro tem uma área de 18558 km2 e um total de 930 kms, sendo que 323 kms são portugueses. O transporte do vinho do Porto era feito, até 1965, nos tradicionais barcos rabelos que desciam o rio Douro até à foz de Vila Nova de Gaia e do Porto para ser armazenado e comercializado. A última viagem de barco rabelo foi feita em Setembro de 1965 com a construção da barragem do Carrapatelo. Os barcos rabelos são usados em regatas, passeios e cruzeiros no rio Douro. Atualmente o transporte de vinho do Porto é feito em camiões-tanque.
Povoações vizinhas a visitar perto do Porto
- Amarante: cidade com cerca de 12 mil habitantes. Tem como principais destaques o rio Tâmega, o campo de Golfe de Amarante, o Parque Natural do Alvão, a Igreja de São Gonçalo e a Ponte de São Gonçalo.
- Baião: cidade com cerca de 3300 habitantes. É o concelho com maior percentagem de área verde e floresta do distrito do Porto, cerca de 63% do seu território. Baião tem como principais destaques a Serra da Aboboreira, a Serra do Marão, a Serra do Castelo de Matos, os rios Douro, Teixeira e Ovil.
- Gondomar: cidade do distrito do Porto com cerca de 30 mil habitantes, é conhecida pela filigrana e pelo ouro. A sua atividade mais importante é a ourivesaria.
- Maia: cidade com cerca de 41 mil habitantes. É no concelho da Maia que está localizado o Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Maia tem um vasto património, nomeadamente a Igreja Romano-Gótica de Águas Santas, a Igreja Conventual de São Salvador de Moreira, o Museu da História e Etnologia das Terras da Maia e a Quinta da Gruta.
Maia destaca-se pela sua atividade cultural: Festival de Música , Festival de Teatro, a Feira de Artesanato de Portugal, World Press Photo. A cidade da Maia tem, desde 1987, um Jardim Zoológico com cerca de 100 espécies de animais.
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- Matosinhos: cidade com cerca de 31 mil habitantes. Matosinhos é marcado pela gastronomia, nomeadamente pelo peixe, marisco no litoral e pela carne no interior. Matosinhos tem um rico e variado património: Casa de Chá da Boa Nova, a Piscina das Marés construída entre as rochas, a Casa de Santiago, o Forte de Nossa Senhora das Neves, a Igreja do Bom Jesus de Matosinhos. As praias de Matosinhos são conhecidas em todo o país pela bandeira azul e por serem ideais para a prática do surf: praia das Angeiras, praia da Memória, praia Cabo do Mundo, praia da Boa Nova e praia de Leça.
- Póvoa de Varzim: cidade com cerca de 40 mil habitantes. A Póvoa de Varzim está ligada à pesca desde a sua fundação, uma vez que tem uma frente atlântica de 13 kms.
Póvoa de Varzim tem várias praias: Barranha, Estela, Codixeira, Pedras Negras, Paimó, Esteiro, Coim, Quião, Santo André, Fragosa, Lagoa, Pontes e Fragosinho. Póvoa de Varzim tem um local onde se consegue ver toda a região: o Monte de São Félix na serra de Rates a 202 metros de altitude. - Santo Tirso: cidade com cerca de 14 mil habitantes. O concelho de Santo Tirso é marcado pela forte presença da natureza, sendo atravessado pelos rios Leça e Ave, onde é possível passear no Passeio das Margens do Ave. Santo Tirso é terra de conventos e mosteiros: Convento da Bela, Mosteiro de São Bento, Convento das Clarissas, Mosteiro da Visitação, Convento de Santa Cruz Escolástica, Santuário de Nossa Senhora da Assunção.
- Vila do Conde: cidade com cerca de 29 mil habitantes. Vila do Conde tem 18 kms de praias (praia do Turismo, praia srª da Guia, praia de Lagrube e praia de Mindelo) e um contato muito forte com a natureza, o que é visível nos inúmeros jardins e parques da cidade: Praça José Régio, Jardim da Praça da República, Jardim da Alameda dos Descobrimentos, Jardim Júlio Graça e o Parque Urbano João Paulo II. Vila do Conde tem uma Paisagem Protegida, a Reserva Ornitológica de Mindelo, a primeira área protegida de Portugal. Vila do Conde faz parte do Caminho de Santiago.
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- Vila Nova de Gaia: terceiro município mais populoso de Portugal com cerca de 300 mil habitantes e o mais populoso do Norte. Vila Nova de Gaia é mundialmente conhecida pelo vinho do Porto, pela indústria automóvel e pelos seus artistas. Esta cidade tem um rico património, nomeadamente a Casa-Museu Teixeira Lopes, o Solar dos Condes de Resende, a Casa da Cultura, o Aqueduto dos Arcos de Sardão, o Aqueduto das Amoreiras, o Mosteiro da Serra do Pilar, o Mosteiro de Grijó, o Mosteiro de Pedroso, o Convento Corpus Christi, a Capela do Senhor da Pedra, a Capela do Bom Jesus, a Ponte Maria Pia, a Ponte Luís I, a Ponte da Arrábida, a Ponte de São João, a Ponte do Freixo, a Ponte do Infante, a barragem Crestuma / Lever e as inúmeras Caves de Vinho do Porto. Vila Nova de Gaia tem uma forte ligação à natureza e a atividades praticadas ao ar livre, o que é visível nas várias estruturas que existem no concelho, nomeadamente: Parque Biológico, Parque de Dunas, Parque Botânico do Castelo, Parque Quinta das Devesas, Parque Ponte Maria Pia, Reserva Natural Local do Estuário do Douro, Estação Litoral da Aguda, Ribeiras de Gaia, Jardim Zoológico Santo Inácio e o Cantinho das Aromáticas, uma das poucas quintas em meio urbano que pratica agricultura biológica em toda a Europa Ocidental. Vila Nova de Gaia é o concelho com mais praias de bandeira azul de todo o país: praia dos Lavadores, praia dos Salgueiros, praia de Canide Norte, praia de Canide Sul, praia Madalena Norte, praia Madalena Sul, praia Valadares Norte, praia Valadares Sul, praia Dunas Mar, praia Francemar, praia Francelos, praia Sãozinha, praia Senhor da Pedra, praia Miramar, praia Mar e Sol, praia da Aguda, praia da Granja e praia São Felix da Marinha.
Transportes no Porto
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A cidade do Porto tem uma rede de acessos que oferece vários meios de transporte: avião, autocarro, automóvel, barco, comboio ou metro.
Aeroporto do Porto
O Aeroporto Francisco Sá Carneiro, localizado a cerca de 11 kms do Porto, é moderno e detentor de vários prémios, nomeadamente o terceiro melhor aeroporto da Europa em 2015, oferece 64 destinos, entre os quais estão Barcelona, Milão, Manchester ou Bilbau, e 14 companhias aéreas. Pode chegar ao aeroporto de autocarro e de metro.
Conduzir no Porto
Se optar pelo uso do automóvel particular tem as estradas nacionais de acesso à cidade, que são gratuitas, ou as autoestradas, que têm portagem: A1 Lisboa com ligação ao Algarve; A3 Valença (Minho) com ligação à Galiza; A4 Amarante (Trás-os-Montes) com ligação a Bragança; A28 (Porto-Cerveira) e A29 (Porto-Aveiro/Cantanhede). Para andar nestas estradas com portagem tem disponível uma forma de pagamento mais cómoda: EASYTOLL, TOOLCARD, TOOLSERVICE e aluguer temporário da via verde. O Porto está a cerca de duas horas de distância da Galiza, de aproximadamente três horas de Lisboa e cinco horas do Algarve.
Autocarros no Porto
O Porto tem um Terminal de Transportes de Autocarros Internacional que torna possível deslocar-se para o centro da cidade.
A cidade do Porto tem uma rede de comboios internacionais, Alfa Pendular, Intercidades, Inter-Regionais, regionais e urbanos do melhor que existe na Europa. Existem duas estações principais que vale a pena visitar:
- Estação de Campanhã: é a mais movimentada da cidade
- Estação de São Bento: é a mais central da cidade
Comboios no Porto
Os comboios urbanos ligam o Porto a cidades como Vila Nova de Gaia, Espinho, Guimarães, Braga, Viana do Castelo e Aveiro.
É possível chegar ao Porto de barco. Existem duas marinas na cidade:
- Marina do Freixo: situada na margem direita do rio Douro, tem lugar para 76 embarcações até 16 metros de comprimentos, acostagem de embarcações até 100 metros, balneários com água quente, cafetaria e restaurante abertos ao público em geral e apoio técnico para todo o tipo de embarcações
- Marina do Porto Atlântico: situada em Leixões, no oceano Atlântico, esta marina oferece sanitários, balneários, restaurante, alfândega, estaleiro, 170 lugares de estacionamento até 30 metros de comprimento, quatro clubes de iates, serviço mecânico de manutenção, supermercados, bancos, lojas e postos de correios
O porto de Leixões é o segundo maior porto artificial do país e fica a 4 kms a Norte da foz do rio Douro, próximo da cidade do Porto. É a maior infraestrutura portuária do Norte de Portugal com 5 kms de cais. O porto de Leixões representa 25% do comércio internacional português e passam por aqui cerca de três mil navios por ano com todo o tipo de cargas. O porto de Leixões viu ser inaugurado um terminal de cruzeiros em 2015, sendo esperadas 111 escalas de navios de cruzeiro e cerca de 127 mil passageiros até 2018.
Metro do Porto
O metro do Porto foi considerado o maior projeto da União Europeia devido à sua extensão, cerca de 60 kms de linhas. Hoje em dia, o metro do Porto funciona entre as 06h00 e a 01h00 todos os dias e tem seis linhas:
- Linha A (Azul): Estádio do Dragão-Senhor de Matosinhos
- Linha B (Vermelha): Estádio do Dragão- Póvoa de Varzim
- Linha C (Verde): Campanhã-ISMAI
- Linha D (Amarela): Hospital São João-D João II
- Linha E (Violeta): Estádio do Dragão-Aeroporto
- Linha F (Laranja): Senhora da Hora-Fânzeres
O Porto tem três linhas de elétricos: - Linha 1: Infante/Passeio Alegre
- Linha 18: Massarelos/Carmo
- Linha 22: Batalha/Carmo
Um dos ex-libris da cidade é o funicular dos Guindais, um elevador que liga a zona da Batalha à zona da Ribeira. Cada bilhete custa €2.50.
Porto de Bicicleta
No Porto podemos percorrer grande parte da cidade de bicicleta, com seis ciclovias que percorrem boa parte da área urbana:
- Ciclovia da Asprela: tem uma extensão de 3.5 kms e foi construída em 2012
- Ciclovia da Prelada: tem uma extensão de 1.24 kms e foi inaugurada em 2011. Pode ser usada como forma de se chegar ao centro da cidade
- Ciclovia da Marginal: começa no Parque da Cidade, junto ao Edifício Transparente e acaba no largo António Cálem. Tem cerca de 7 kms e foi inaugurada em 2007
- Ciclovia do Parque da Pasteleira: está inserida no Parque da Pasteleira, tem 0.7 kms e foi inaugurada em 2009
- Ciclovia da Foz da Ribeira da Granja: começa no Parque da Cidade e termina no largo António Cálem, tem uma extensão de 3.8 kms e foi inaugurada em 2009
- Ciclovia da Avenida da Boavista: vai Praça de Gonçalves Zarco até à Avenida do Parque, tem 2.2 kms de extensão e foi inaugurada em 2011
Artesanato do Porto
O artesanato do Porto, nomeadamente a filigrana de Gondomar, as mantas de terroso de bilros de Vila do Conde, as rendas de Felgueiras, os brinquedos de lata pintada da Maia, a cerâmica e os brinquedos de madeira de Vila Nova de Gaia, os palmitos de papel, penas e palhão, as velas de cera bordadas e o barco rabelo, tradicional transporte do vinho do Porto, são um importante atracão turística.
A indústria textil
O Porto sempre foi, desde a sua fundação, uma cidade comercial. A economia do Porto baseia a sua atividade em três setores principais: agricultura, comércio e indústria. O Porto é a capital portuguesa da indústria têxtil e vestuário (19% das empresas), indústrias metalúrgicas (17%), o comércio por grosso e retalho (27% das empresas), o ramo imobiliário, alugueres e serviços prestados às empresas (24%), a saúde e ação social (9%) e a construção civil (7%) Para além destas indústrias, o Porto desenvolve atividades na ourivesaria e artes gráficas.
Porto a crescer…
A partir da década de 1990, o Porto passou a integrar as principais redes de cidades da Europa, nomeadamente: Associação Eurocidades, Cidades do Eixo Atlântico, Associação dos Municípios Ribeirinhos do Douro de Portugal e Espanha e o Clube das Eurometrópoles. A integração em organizações deste tipo, levou a um crescimento económico sustentável.
O sucesso desta política de desenvolvimento económico foi reconhecida no estudo “Cidades e Regiões Europeias do Futuro 2014/15” publicado pelo diário britânico Finantial Times ao colocar a cidade do Porto em terceiro lugar na lista das dez cidades mais atrativas do Sul da Europa para o investimento estrangeiro. À sua frente ficaram Lisboa, em segundo, e Barcelona, em primeiro lugar. Neste mesmo estudo, a capital do Norte aparece em quinto lugar entre as cidades de média dimensão da Europa com a melhor estratégia de investimento estrangeiro direto. Este estudo é publicado duas vezes por ano no Finantial Times.
O Porto é a primeira cidade portuguesa a receber um prémio do World Council on City Data como reconhecimento das políticas que tem implementado para um melhor desenvolvimento sustentável da cidade e dos cidadãos. A capital nortenha está mesmo à frente, em certos indicadores, de cidades Barcelona, Londres, Milão, Paris e Roterdão. Esta distinção significa que o Porto é uma cidade que oferece uma qualidade de vida de excelência aos seus cidadãos.
Factos rápidos sobre Porto
- População: cerca de 238 mil habitantes
- População da Área Metropolitana do Porto: cerca de 2 500 000 de habitantes
- Área: 41.42 km2
- Número de freguesias: 7, nomeadamente: União das Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde; Bonfim; Campanhã; União das Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória; União das Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos; Paranhos; e Ramalde.
- Distrito: Porto
- Municípios: 18, nomeadamente: Amarante; Baião; Felgueiras; Gondomar; Lousada; Maia; Marco de Canaveses; Matosinhos; Paços de Ferreira; Paredes; Penafiel; Porto; Póvoa de Varzim; Santo Tirso; Trofa; Valongo; Vila do Conde; e Vila Nova de Gaia.
- Antiga província: Douro Litoral
- Museus: 13
- Hospitais: 23
- Número de empresas: 45276 com um volume de negócio de cerca de €44.9 mil milhões
- Rio principal: Douro
- Aeroporto: 1
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https://visitportoandnorth.ecwid.com/ - Câmara Municipal do Porto: A entidade pública responsável pela cidade do Porto
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