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Beja

Vista aérea da Cidade de Beja, com as muralhas do Castelo de Beja, a Porta de Évora, a Sé Catedral, e a vista dos arredores

Vista aérea da Cidade de Beja, com as muralhas do Castelo de Beja, a Porta de Évora, a Sé Catedral, e a vista dos arredores

Beja


A cidade de Beja é uma cidade milenar situada no baixo Alentejo, com uma cultura tradicional agrícola, paisagens marcadas pelas plantações, e ruas e praças com traços marcadamente históricos e eclesiásticos. Em Beja encontramos uma grande diversidade de atrações, uma cidade envolvida pelo campo, com castelos e museus, parques naturais e edifícios religiosos. É uma cidade onde encontramos a memória histórica muito presente nas igrejas, conventos e monumentos que caracterizam a paisagem bejense. A faceta antiga da cidade alentejana cruza-se com a passagem de outros povos, como os Mouros ou os Visigodos, que influenciaram a cultura e os costumes de Beja, também estampada no brasão da cidade, onde um touro simboliza uma narrativa antiga. Reza a lenda que uma serpente tenebrosa aterrorizava os habitantes de Beja, quando a população decidiu colocar um touro envenenado na floresta com o objetivo se livrarem da criatura. São este tipo de contos e mitos que emprestam um lado misterioso à região de Beja, e preenchem o imaginário de todos aqueles que visitam a cidade de Beja. Beja é a capital de distrito mais quente do país, com Invernos amenos, e Verões quentes e longos.

Factos Rápidos de Beja


  • População: aproximadamente 36 mil habitantes
  • Área: 1106, 44 km2
  • Região: Alentejo
  • Sub-região: Baixo Alentejo
  • Distrito: Beja
  • Aeroporto: 1
  • Hospitais: 1
  • Farmácias e postos farmacêuticos móveis: 12
  • Centros de saúde: 1
  • Estabelecimentos de bancos e caixas económicas: 20
  • Estabelecimentos hoteleiros: 7
  • Capacidade de alojamento nos estabelecimentos hoteleiros: 664

Atrações a visitar na cidade de Beja


O centro histórico da cidade de Beja:

Praça da República: é o coração de Beja, que corresponde ao centro político e administrativo da cidade. Era nesta praça que se realizavam as festas, as corridas de touros, peças de teatro durante a Idade Média e a Época dos Descobrimentos. A Praça da República apresenta edifícios como a Igreja da Misericórdia, a sede do Conservatório Regional do Baixo Alentejo instalado num palácio do século XVI, as Finanças num palácio do século XVII, a antiga cadeia da cidade e a Câmara Municipal inaugurada em 1953. O Largo de Santo Amaro, o local onde funcionou o mercado da reforma agrária a seguir ao 25 de 1974, merece destaque pela Igreja de Santo Amaro, onde encontramos o Núcleo Visigótico do Museu Regional de Beja. O Largo de São João, a zona mais recente do centro histórico. Tem por principais atrações o centenário Clube Bejense, o Cine-Teatro Pax Julia inaugurado em 1928, uma escultura de Noémia Cruz no centro da praça, e a Travessa do Cepo, que integra a cidade medieval de Beja, com destaque para o arco gótico. A Rua do Sembrano, com destaque para o Núcleo Museológico da Rua do Sembrano, que inclui as muralhas da Idade do Ferro, ruínas de termas romanas e painéis de azulejos modernos alusivos à temática da água e da autoria do pintor Rogério Ribeiro. E a Praça Diogo Fernandes, com destaque para o Jardim do Bacalhau onde encontramos uma escultura moderna em ferro da autoria de Jorge Vieira dedicada ao Prisioneiro Político Desconhecido.

Castelo de Beja

Castelo de Beja: é o monumento mais popular e emblemático de Beja, um castelo medieval bem cuidado situado no centro da cidade, com uma muralha que envolve a cidade antiga. O Castelo de Beja é conhecido por possuir a torre de menagem mais alta da Península Ibérica com quase 40 metros de altura, e uma abóbada incrível com uma estrela de oito pontas. O castelo tem uma presença imponente graças à sua torre e devido às caraterísticas arquitetónicas dos estilos manuelino, gótico, maneirista e românico. É um monumento diretamente ligado à história de Portugal, onde podemos visitar a Casa do Governador, a maravilhosa torre de menagem, e percorrer o perímetro das muralhas que circundam a cidade velha com uma vista panorâmica privilegiada sobre Beja e os arredores da cidade. A cerca antiga do Castelo de Beja era composta por quarenta torres e quarto portas principais, as portas de Évora, as portas de Mértola, portas de Avis e as portas de Aljustre. Ao longo dos séculos foram adicionadas três portas à muralha, as portas de Moura, portas de São Sisenando e as portas da Corredoura. A Porta de Évora, também conhecida como Arco Romano de Beja é entrada principal junto ao castelo. No interior do castelo encontramos desde 2019 o museu de arte contemporânea Jorge Vieira.

Parque da Cidade de Beja

O Parque da Cidade é um jardim típico de lazer muito procurado pela população local. Situado a poente da cidade de Beja, foi construído em 2004 com um lago extenso situado no centro, vários jardins para atividades lúdicas e serviços utilitários. Aqui encontramos um restaurante, esplanada e quiosque, um parque infantil, um pequeno half-pipe para skates e patins, uma área dedicada a animais de estimação, mesas e bancos para piqueniques. Existe uma área com equipamentos desportivos para serem utilizados pelos visitantes. O Parque da Cidade de Beja destaca-se da paisagem urbana, pela existência de muitos espaços verdes, onde vislumbramos uma grande diversidade de plantas, nomeadamente salgueiros, choupos, figueiras e sobreiros tipicamente alentejanos. Este parque assegura uma melhoria ambiental na região com a sua mancha verde, e serve de palco para atividades tão variadas como jogos com bola, caminhadas, passeios de bicicleta, leitura ou o ioga.

Atrações a visitar no distrito de Beja


Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina

Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina: é um parque natural assumido como uma das zonas litorais mais bonitas do mundo, com uma extensão costeira superior a 100 km, delimitado a norte pela ribeira da Junqueira em São Torpes, no distrito de Setúbal e a Sul pela praia de Burgau no Algarve, distrito de Faro. O parque é uma das pérolas do Alentejo devido à grande diversidade de monumentos, ilhotas, praias selvagens com ondulação atlântica, falésias calcárias, vegetação protegida, aves migratórias, caminhos pedonais, pequenas vilas e aldeias, e muitos pontos de interesse que atraem milhares de visitantes todos os anos. As praias com extensos areais cativam a atenção dos praticantes do surf, enquanto os amantes da natureza visitam o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina para conhecerem a ponta de Sagres, local onde encontramos a Fortaleza de Sagres no cabo de São Vicente. O aspeto do parque sofre metamorfoses radicais de estação para estação, o que atrai muitos visitantes durante todo o ano. Com dezenas de praias ao longo da costa oeste e costa sul, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina é mundialmente conhecido como destino de surf, desde São Torpes até ao Zavial na costa sul, passando por dezenas de praias, listando de norte a sul a mais conhecidas: a praia da Samoqueira, praia dos Buizinhos e praia de Porto Covo em Porto Covo, praia da Franquia e praia das Furnas em Vila Nova de Milfontes, a praia do Almograve, a praia do Cavaleiro, a praia de Zambujeira do Mar, a praia da Amália, a praia das Adegas e a praia de Odeiceixe, a praia do Vale dos Homens, a praia da Carriagem, a praia da Amoreira na foz da Ribeira de Aljezur, a praia de Monte Clérigo e a praia da Fateixa em Monte Clérigo, a praia do Medo da Fonte Santa, a praia da Arrifana na vila da Arrifana, a praia da Pedra Agulha, a praia do Canal, a praia de praia de Vale Figueiras, a praia da Bordeira e a praia do Amado na vila da Carrapateira, a praia da Cordoama e praia do Castelejo em Vila do Bispo; a praia da Ponta Ruíva num local completamente rodeado por natureza selvagem, e as praias na vila de Sagres, nomeadamente a praia do Beliche, a praia do Tonel, a praia da Marteta e a praia do Martinhal. O Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina tem por principais atrações naturais:

  • As Arribas e recifes na ilha do Pessegueiro, Cabo Sardão, Carrapateira, Cabo de São Vicente;
  • A Fauna, com aproximadamente 200 espécies de avifauna, sendo que 26 nidificam em falésias. Merece especial destaque a cegonha branca (única no mundo a fazer os ninhos nos rochedos marítimos), o falcão peregrino, a ave mais rápida do parque natural podendo atingir uma velocidade de mergulho aproximada de 385 km/h;
  • A Flora, com aproximadamente 750 espécies de flora, sendo que 12 só existem neste local;
  • As Zonas Fluviais de Pesca Interdita, nomeadamente a ribeiras do Seixe, ribeira de de Aljezur, ribeira de Bordeira e o rio Mira;
  • As Zonas Marítimas de Pesca Interdita, nomeadamente as Pedras do Burrinho, da Atalaia, da Carraca, da Agulha, da Enseada do Santoleiro, da Baía da Nau, das Gaivotas, do Gigante, da ilha do Pessegueiro, do Cabo Sardão, dos ilhotes do Martinhal e da zona do Rogil;

Parque Natural do Vale do Guadiana

O Parque Natural do Vale do Guadiana é um parque natural protegido criado em 1995 para preservar o troço do rio Guadiana, situado em redor da vila de Mértola. A área do parque circunscreve-se a uma zona de planícies, colinas e vales que se estendem ao longo da bacia hidrográfica do Vale do Guadiana com uma fauna e flora extremamente ricas, que incluem vegetação mediterrânica protegida da intervenção humana, com presença de aves rupícolas ao longo do território que constitui o Parque Natural. Aqui encontramos vários trilhos para caminhadas onde podemos observar aves, sendo o parque um importante corredor para as aves migratórias e habitat para aves rapinas, e encontrar algumas espécies únicas no mundo, como é o caso do peixe Saramugo. Para além de todos estes atributos naturais, podemos visitar várias atrações no Parque Natural do Vale do Guadiana, como é o caso das cascatas do Pulo do Lobo, a vila-museu de Mértola com mais de mil anos, o Castelo de Mértola, a Ermida de Nossa Senhora das Neves, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Anunciação, o Museu de Mértola – Núcleo da Basílica Paleocristã, a Ponte de Mértola uma ponte centenária sobre a ribeira de Oeiras declarada Monumento Nacional, a praia Fluvial Azenhas do Guadiana, a praia fluvial da Tapada Grande, e a Mina de S. Domingos, um complexo mineiro abandonado. No Parque Natural do Vale do Guadiana apresenta por principais atrações naturais:

  • Os Geosítios, nomeadamente a cascata do Pulo do Lobo; a Sequência Estratigráfica do Pomarão com rochas vulcânicas com caraterísticas únicas na Península Ibérica, e com uma idade aproximada de 350 milhões de anos; e a mina de São Domingos, uma mina explorada desde o período romano até 1962, tendo sido rica em cobre, enxofre, ouro, chumbo e zinco;
  • O Património composto pelo Centro de Interpretação da Paisagem da Amendoeira, Centro de Estudos e Sensibilização Ambiental do Monte do Vento, e a Praia Fluvial da Tapada Grande;
  • E os Pontos de interesse compostos pelo Moinho dos Canais, Rocha da Galé, Azenhas do Guadiana, Penha da Águia, Ribeira do Vascão, Antas das Pias, o Azinhal (Zona de Alimentação de Grous), Monte da Balança com aves estepárias e a barragem dos corvos.

Cascata do Pulo do Lobo

A Cascata do Pulo do Lobo é uma cascata situada no Rio Guadiana, com acesso pela Herdade do Pulo do Lobo, caraterizada pela queda espetacular de águas cristalinas a mais de 20 metros de altura através das rochas cerradas. A água da cascata cai no rio com violência provocando um efeito de queda de água espetacular. A Cascata do Pulo do Lobo foi referida como uma das maravilhas naturais de Portugal. O nome da cascata é oriundo de uma lenda, que diz que um lobo conseguiu atravessar as margens esguias do rio com um único salto. O Pulo do Lobo é um local de forte energia telúrica, com o som da água, o ambiente de névoa, a corrente do rio. A situação de perigo queda existe para os mais distraídos, contudo a área aconselhada para observação da cascata está protegida com um varandim. As margens da cascata do Pulo do Lobo são rochosas e íngremes, com o rio Guadiana em pano de fundo. Para acedermos à cascata na margem Portuguesa, devemos entrar na Herdade do Pulo do Lobo, onde encontramos um portão. Neste ponto existe a indicação que podemos abrir o portão para entrar, contudo agradecem que o deixemos fechado após a passagem.

Ilha do Pessegueiro, Forte da Ilha de Fora, a praia do Pessegueiro e o Forte de Nossa Senhora da Queimada

Ilha do Pessegueiro: é uma pequena ilha sem qualquer praia de areia situada a sul de Porto Covo, integrada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. A única edificação existente na ilha é o Forte de Santo Alberto do Pessegueiro, também conhecido como Forte da Ilha de Fora, com a antiga função de cruzar fogos com o Forte da Nossa Senhora da Queimada, classificado como Monumento Nacional, localizado junto à praia da Ilha do Pessegueiro. É uma construção de defesa militar erguida sobre rocha de arenito e apresenta plantal pologional, reforçada por baluartes triangulares com muros em talude, construída no século XVII com o objetivo de impedir o avanço de piratas. O terramoto de 1755 causou danos elevados no conjunto das fortalezas. Frente à ilha, no continente encontramos A praia da Ilha do Pessegueiro, uma praia de aproximadamente 750 metros de areal e rocha, orientada a oeste, situada a 2 km sul de Porto Covo, frente ao parque de Campismo de Porto Covo. Esta ilha ficou eternizada na música "Porto Covo" composta pelo músico português Rui Veloso.

Castelo de Mértola

Castelo de Mértola: é um castelo erigido no século XIII pelos cavaleiros da Ordem de Santiago, situado na vila de Mértola (distrito de Beja) numa situação elevada sobre a vila e sobre rio Guadiana. Trata-se de um castelo de estilo gótico, que sofreu várias transformações e restauros ao longo dos séculos devido à presença dos romanos e dos árabes. O Castelo de Mértola inclui uma Torre de Menagem com aproximadamente 30 metros, duas torres mais pequenas e uma cisterna no centro da praça de armas. O castelo beneficiou de obras de reparação no século passado e a Torre de Menagem serve hoje como área de exposição das descobertas arqueológicas da época romana, visigótica, islâmica e portuguesa. Além dos atributos históricos e do excelente estado de conservação, um dos aspetos mais elogiados do Castelo de Mértola é a vista ampla da vila de Mértola e do Rio Guadiana através do topo das muralhas. Daqui conseguimos avistar as outras freguesias. À esquerda do Castelo de Mértola encontramos a igreja matriz, uma antiga mesquita convertida em igreja depois da reconquista dos cristãos.

Castelo de Moura

Castelo de Moura: é uma construção medieval do século XIII situado na margem esquerda do Guadiana, época em que Moura foi ocupada pelos cristãos pela primeira vez. Os portugueses aproveitaram as fortificações deixadas pelos árabes para erguer e aumentar a envergadura do castelo à medida que a população aumentava. O Castelo de Moura sofreu várias alterações arquitetónicas ao longo dos anos, sendo que os maiores destaques vão para a construção do Convento de Nossa Senhora da Assunção e das torres do Relógio. Para além da imponência do monumento e da localização bem no coração da cidade de Moura, o castelo é uma atração devido à sua planta retangular em estilo manuelino, e pelo estilo gótico da Torre de Menagem, com a Sala dos Alcaides com uma planta octogonal coberta por uma abóbada em cruzaria de ogivas. A lenda da Moura Salúquia diz que a cidade de Moura foi conquistada aos mouros devido a um erro da princesa Salúquia, que por engano confundiu os irmãos de D. Afonso Enriques mascarados com vestes muçulmanas com cavaleiros islâmicos, permitindo-lhes a entrada dos no Castelo. Estes derrotaram os mouros e conquistaram a fortaleza e vila, renomeando para "Terra da Moura Salúquia", tendo originado o nome da cidade de Moura.

Centro Ciência Viva do Lousal

O Centro de Ciência Viva do Lousal é um espaço dinâmico de conhecimento e lazer, que tem como principal objetivo divulgar a cultura científica e tecnológica junto da população. O local convida a uma viagem no tempo, onde podemos conhecer uma representação da já extinta mina do Lousal com milhares de mineiros em pleno funcionamento. Embora o lado científico e o conhecimento sejam o foco do Centro Ciência Viva do Lousal, existe também espaço para abordar outros assuntos da época através de conteúdos interativos dedicados à geologia, física, química, matemática, computação gráfica ou biologia. O museu industrial que alberga atualmente o Centro Ciência Viva do Lousal foi um antigo complexo mineiro entre 1934 e 1992. Após algumas adaptações, este polo passou a dispor de uma gruta virtual, salas para exposição de conteúdos, um laboratório, um auditório, um cybercafé e um miradouro. O Centro Ciência Viva é uma forma fantástica para famílias associarem conhecimento e divertimento numa única atividade.

Museu Regional de Beja – Museu Rainha D. Leonor

O Museu Regional de Beja – Museu Rainha D. Leonor é o museu mais antigo de Portugal, tendo sido inaugurado em 1791. Localiza-se nos despojos do antigo Convento da Conceição, na freguesia de Santa Maria da Feira e cidade de Beja. Também conhecido como Museu Rainha Dona Leonor, este espaço documenta as diferentes culturas com presença no Alentejo desde a pré-história à atualidade através de um espólio imenso, que adveio de outros conventos e palácios da região. A coleção principal apresenta peças da arqueologia romana, encontradas durante o império de Júlio César, reveladoras da ocupação deste território. O museu sofreu diversas obras de ampliação e restauração ao longo dos anos, o que permitiu concentrar no mesmo local uma combinação de peças de estilos tão diversos como o gótico, o manuelino ou o barroco. A beleza da azulejaria, da pintura, da escultura e da talha encontrada no seu interior impressiona-nos pela grandeza. A partir de 1991, o museu passou a integrar a Igreja de Santo Amaro, considerada como um dos núcleos visigóticos mais importantes da Península Ibérica.

Castelo de Serpa

O Castelo de Serpa é uma construção medieval do século XIII, proveniente da época da Reconquista Cristã na Península Ibérica. O castelo está localizado na União de Freguesias de Serpa, que agrega Salvador e Santa Maria, no centro histórico da povoação de Serpa, a cerca de duzentos e trinta metros acima do nível do mar. O Castelo de Serpa é um excelente exemplo de arquitetura militar, gótica e maneirista, com planta retangular, as muralhas de alcáçova a norte e uma torre de menagem a sul. A muralha do castelo é reforçada por cubelos e torres de planta quadrangular com a Porta de Beja e a Porta de Moura, duas portas monumentais. Antigamente existiam também a Porta da Corredoura, a Porta de Sevilha e a Porta Nova. A imponente Torre do Relógio encontra-se na praça da vizinha Igreja de Santa Maria, uma antiga mesquita muçulmana. Desde as muralhas do castelo podemos apreciar uma vista panorâmica da cidade de Serpa.

Cabo e Farol Sardão

O Cabo Sardão é a maior proeminência da costa ocidental entre o Cabo de Sines e o Cabo de São Vicente. Localizado na costa alentejana sobre o Oceano Atlântico, no concelho de Odemira e Distrito de Beja, O Cabo Sardão é marcante pela comunhão entre a paisagem terrestre e marítima, onde se destaca o contraste entre as extensas planícies verdejantes e as escarpas vertiginosas a pique em direção ao mar. Ao longo da costa podemos avistar casais de cegonhas brancas que escolheram este local para nidificação. Com alguma atenção, podemos também identificar falcões-peregrinos, gralhas-de-bico-vermelho ou francelhos. Aqui encontramos o Farol do Cabo Sardão, uma torre quadrangular branca de 17 metros de altura, construída em alvenaria com uma lanterna vermelha cilíndrica no topo. Em funcionamento desde 1915, este farol tem uma amplitude luminosa de 23 milhas. As áreas circundantes convidam-nos para algumas caminhas ou momentos de introspeção, aproveitando o contacto com a natureza, o som do oceano atlânticos e o aroma típico de zonas costeiras.

Barragem do Monte da Rocha

A Barragem do Monte da Rocha integra a parte ocidental do Baixo Alentejo, mais concretamente a freguesia de Panóias e concelho de Ourique. Tem como atração a sua envolvente de beleza natural, e um ralo gigante que capta a atenção para um efeito de espiral da água a desaparecer num buraco. Este ralo está situado no topo norte da barragem. Ao longo da área da barragem do Monte da Rocha podemos vislumbrar diversas espécies de aves. A barragem tem uma utilização maioritariamente agrícola, e são as paisagens envolventes que atraem curiosos de vários cantos do mundo para caminhadas na natureza, observação de aves, fotografia e descobrir a região.

Museu da Escrita do Sudoeste

o Museu da Escrita do Sudoeste é um museu histórico situado na vila de Almodôvar, com um espólio dos testemunhos principais da chamada “escrita do Sudoeste”. Esta escrita foi utilizada pelos Tartessos, um povo ibérico da Idade do Ferro, que se concentrou nas regiões do Algarve, Andaluzia e Baixo Alentejo. A escrita em pedra constitui o testemunho físico mais acentuado deste povo, sendo o Alentejo a zona onde esses vestígios estão mais presentes. O desaparecimento deste povo ibérico carece ainda hoje de explicação sólida, contudo o Museu de Escrita do Sudoeste reúne um grande volume de informação acerca dos Tartessos. O museu alberga a Estela de São Martinho, uma peça de grande porte, talvez a maior atração entre os vários artefactos ligados aos Tartessos. Esta peça é considerada uma das inscrições mais completas de escrita tartéssica, contendo cerca de 60 signos.

Museu Severo Portela

Museu Severo Portela
O Museu Severo Portela é um espaço que presta homenagem à vida e obra do pintor Severo Portela Júnior, situado no município de Almodôvar. As cerca de 40 obras encontradas no museu foram doadas pelo pintor à Câmara de Almodôvar antes da sua morte em 1985. O museu encontra-se na Praça da República, outrora Paços de Concelho, num edifício do século XVI onde consta que pernoitou D. Sebastião numa passagem por Almodôvar em 1573. As obras de Severo Portela Júnior são pinturas a óleo, desenhos, esculturas e estudos do artista, que se notabilizou no século XX. A ligação de Severo Portela a Almodôvar aconteceu porque o artista se apaixonou por uma senhora nesta localidade e decidiu mudar-se para o Alentejo, dedicando 30 anos à vila, refletidos no museu. No rés-do-chão existe uma exposição que se intitula “Sapateiro – Memórias de um Ofício”, que divulga e homenageia o calçado e artesãos da região. O museu possui também uma pequena biblioteca com sala de leitura.

Igreja de Nossa Senhora da Assunção

A Igreja de Nossa Senhora da Assunção, ou igreja de Nossa Senhora de Entrevinhas é atualmente a igreja matriz de Mértola. Foi construída originalmente como uma mesquita, durante a ocupação dos árabes. Mais tarde foi transformada em igreja após a reconquista cristã. Apesar das alterações, o local mantém muitos pormenores da antiga mesquita como, por exemplo, os arcos em ferradura, as portas e janelas ou as várias colunas que servem de suporte ao teto abobadado. Esta mistura dos vários povos que passaram por Mértola serve de epítome para a cultura da cidade. É uma construção simples, sem grande opulência e com uma beleza minimalista. Apresenta-se como um exemplar perfeito da fusão entre traços arquitetónicos dos árabes e cristãos, já que possibilita-nos observar em simultâneo neste edifício o nicho da oração muçulmano (o mihrab), e alguns traços do estilo manuelino. Esta igreja está situada próxima do Castelo de Mértola.

Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição

A Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição é um importante templo da freguesia e concelho de Castro Verde, que se destaca pela cobertura dos muros em azulejos oitocentistas com imagens da Batalha de Ourique. Essa batalha ocorreu em 1139 e a sua importância histórica é incontornável, pois culminou com a expulsão dos árabes por parte das tropas cristãs de D. Afonso Henriques, coroado Rei de Portugal. Esta igreja foi reconstruída de base na primeira metade do século XVIII em homenagem à vila pela sua contribuição para a história do país. A Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição foi projetada pelo arquiteto João Nunes, conhecido pela grandiosidade das suas construções. Os ciclos de azulejaria e pintura moral de temática bélica são a grande atração deste sítio, contudo podemos também apreciar os altares de talha dourada que tanto caraterizam o estilo português. Aqui encontramos o Tesouro da Basílica, um conjunto de peças de arte sacra que integram o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.

Igreja do Carmo, Beja

A Igreja do Carmo é uma igreja de confraria tipicamente setecentista com fachada simples e de empena triangular rematada por pináculos. Situa-se no Largo do Carmo em Beja, antigo local da Ermida de Santa Catarina. Esta antiga construção possui um enquadramento urbano, mandada construir pela viúva de Diogo Fernandes de Beja, um célebre capitão das Armadas da Índia. O estilo arquitetónico deste monumento é tipicamente religioso e possui elementos de caráter barroco, rococó e neoclássico. O portal de entrada é tipicamente barroco, o altar e o púlpito enquadram-se no estilo rococó com os altares laterais de estilo reminiscente do neoclássico. A Igreja do Carmo foi objeto de obras de restauro nos finais da década de 1980 com o intuito de recuperar e conservar os diferentes elementos da construção, mas também com o objetivo de ampliar os anexos e colocar uma nova cobertura. A Igreja do Carmo é utilizada atualmente como igreja paroquial, e destaca-se pela sua estrutura mista, onde as paredes de alvenaria de pedra e cal, rebocadas e caiadas se misturam com portais e elementos secundários de cantaria, retábulos de talha dourada e policromada.

Casa-Museu Quinta da Esperança

A Casa-Museu Quinta da Esperança é uma casa senhorial datada do final do século XVI, situada na vila de Cuba, pertencente ao distrito de Beja. A Casa-Museu tem um estilo bem alentejano, onde se destaca a pintura branca com linhas azuis, e engloba várias temáticas históricas e culturais da região, demonstrando uma forte tradição agrícola e tauromáquica. O edifício possui quatro pisos com mais de 200 divisões. Atualmente, existem 25 salas em exposição aberta ao público, incluindo a emblemática Capela e os arredores do museu, pelo que são necessários cerca de 90 minutos para podermos visitar todos os recantos do local com a devida atenção. Por ser uma habitação da nobreza, a Quinta da Esperança teve a honra de hospedar a Rainha D. Maria II, o Rei D. Pedro V e o Rei D. Luís, três elementos da Família Real Portuguesa aquando das suas visitas a Beja.

Museu da Ruralidade

O Museu da Ruralidade é um centro dedicado a três áreas expositivas, as exposições temporárias de objetos típicos das caraterísticas rurais da região, as exposições que incluem uma oficina do ferreiro ou o espólio do último abegão de Castro Verde e o Núcleo da Oralidade, onde é possível tomar contato com documentação do património imaterial da região. O museu da Ruralidade encontra-se situado na freguesia de Entradas, no município de Castro Verde. Em atividade desde 2011, este museu acolhe uma coleção de ferramentas, equipamentos e máquinas ligados ao mundo rural, ao mesmo tempo que procura mostrar as caraterísticas e especificidades da oralidade do património imaterial das terras do Campo Branco. Aqui podemos encontrar uma debulhadora fixa, um arado, um selecionador de sementes ou uma enfardadeira manual com as devidas definições e dados históricos. Podemos ouvir os sons da viola campaniça, que retratam muita da cultura das gentes alentejanas.

Villa Romana de Pisões

A Villa Romana de Pisões é um sítio arqueológico situado a 10 km da cidade de Beja na Herdade da Almocreva, descoberto em 1967 durante atividades agrícolas. O monumento é uma das principais villas romanas que consiste numa grande casa senhorial do período romano, ocupada desde o século I até ao domínio visigótico. Destaca-se pelo seu excelente estado de conservação, que permite apreciar em detalhe a riqueza dos seus mosaicos e termas. A construção está parcialmente escavada e apresenta 48 divisões centradas num peristilo, uma série de colunas do estilo grego em redor do edifício. A Barragem de Pisões encontra-se a cerca de 200 metros e servia para abastecer os tanques, termas e piscinas da villa. Uma das salas possui um tanque com cobertura de mosaicos marinhos, que visava controlar a temperatura da sala para que os habitantes se pudessem abrigar do calor. Existem também vestígios de quatro estruturas funerárias construídas paralelamente à piscina e que se destinavam aos elementos mais abastados da villa. Em pouco mais de 60 minutos é possível fazer uma visita completa à Villa Romana de Pisões.

Barragem do Alqueva

Barragem do Alqueva: é a barragem mais importante do alentejo, o maior lago artificial da Europa, contribuíndo para o crescimento do cultivo agrícola dos últimos anos na região do alto e baixo alentejo. A barragem fica situada no rio Guadiana, tendo sido construída com os objetivos de produzir energia, criar um sistema de regadio para o Alentejo e desenvolver a agricultura. Na barragem de Alqueva é procurada para várias atividades, nomeadamente a pesca, caça, caminhadas pedestres, passeios a cavalos, passeios de barco, voos em balão de ar quente, BTT, desportos náuticos, e praia fluvial. A barragem de Alqueva abrange os concelhos portugueses de Alandroal, Moura, Mourão, Reguengos de Monsaraz e Portel. E os concelhos espanhóis de Alconchel, Cheles, Olivença e Villanueva del Fresno. Em Alqueva recomendamos a visita à vila museu no castelo de Monsaraz, ao Castelo de Mourão, a aldeia da Luz, uma aldeia que ficou parcialmente submersa aquando da inauguração da barragem em 2002, o castelo romano da Lousa, a vila fortaleza de Monsaraz, com destaque para o Centro Náutico de Monsaraz e a festa bienal “Monsaraz Museu Aberto”, a aldeia de Campinho, a aldeia da Amieira, a aldeia da Estrela, a Amieira Marina, atualmente a maior infraestrutura náutica da barragem do Alqueva, a aldeia de Alqueva, a aldeia de Capelins, aldeia de Juromenha, aldeia da Granja, a aldeia de Marmelar, a aldeia da Mina de da Orada, a aldeia do Monte Trigo, a aldeia do Pedrógão, a aldeia de Póvoa de São Miguel e aldeia do Telheiro.

Barragem do Roxo

A Barragem do Roxo é uma barragem mista, constituída por betão na parte mais profunda do vale e de terra e rocha na margem direita da ribeira. Situa-se na freguesia de Ervidel, na ribeira do Roxo, um afluente do Rio Sado. A barragem foi inaugurada em 1967 com o intuito de abastecer os concelhos de Beja e Aljustrel e destina-se principalmente para fins de rega. Para além disso, a Barragem do Roxo é utilizada para prática de pesca e desportos náuticos como a natação, barcos à vela ou windsurf. O paredão da barragem tem 35 metros de altura e estende-se ao longo de 864 metros de terra e betão. Esta infraestrutura inclui-se numa paisagem de planície, onde o terreno é pouco acidentado e podemos caminhar por pastagens e culturas arvenses de sequeiro. Esta barragem enquadra-se na Albufeira do Roxo, e representa o património natural e paisagístico mais relevante desta região.

Barragem de Santa Clara

A Barragem de Santa Clara é uma albufeira situada na freguesia de Odemira com uma área aproximada de 2000 hectares. Inaugurada pelo Estado Novo Português em 1969 com o objetivo de regadio para todo o concelho de Odemira, esta barragem abastecida pelo Rio Mira foi outrora a maior barragem portuguesa. Ao contrário do que é habitual, o material utilizado para construir esta infraestrutura foi a terra e não o betão. Tratou-se de uma construção pioneira à época. Em torno da barragem, podemos observar montes e vales com sobreiros e azinheiras. Existem também trilhos regulares para a prática de corrida e outros mais acidentados com sinalização para explorar as zonas periféricas. Nas águas espelhadas da Barragem de Santa Clara são locais de prática de pesca desportiva, remo e canoagem, e aqui vivem espécies como carpas, achigãs, lagostins ou pimpões. A grandiosidade da barragem é impressionante quando vista através do paredão ou do cimo dos vales. Aqui encontramos um local sossegado e adequado para relaxarmos em contato com a natureza.

Barragem de Odivelas

A Barragem de Odivelas é uma das maiores barragens do Baixo Alentejo. Foi construída em 1972 sobre o leito da ribeira de Odivelas, perto da aldeia de Odivelas no concelho de Ferreira do Alentejo. A água armazenada nesta barragem é utilizada acima de tudo para irrigação. Um local de observação de aves, a barragem estende-se ao longo de 970 hectares com 5 km de comprimento e 3 km de largura, sendo um importante ponto de concentração de diversas aves aquáticas como o pato-real, o bico-grossudo, a perdiz-do-mar e o galeirão comum. Perto da Barragem de Odivelas existe uma alameda de pinheiros mansos que nos levam até ao paredão da barragem. Chegados aqui, podemos observar uma albufeira em toda a sua extensão com a água em pano de fundo e algumas aves na paisagem. As águas oferecem excelentes condições para a pesca de achigãs e bogas. Do outro lado do paredão, existe um pequeno bosque onde podemos repousar ou saborear uma refeição no parque de merendas da zona de lazer. Junto à barragem existe um parque de campismo.

Parque de Natureza de Noudar

Parque de Natureza de Noudar: é um parque situado na Herdade da Coitadinha, na fronteira com Espanha. O Parque de Natureza de Noudar tem por principais atrações as Hortas de plantas aromáticas, nomeadamente a Horta do Monte, Horta da Senhora e Horta do Olival; as Pastagens para gado bovino de raça Mertolengo; o Castelo de Noudar; local de passeios de bicicleta, observação de fauna e flora, e observação do céu noturno com telescópio.

Capela de Nossa Senhora do Mar

A Capela de Nossa Senhora do Mar é uma modesta construção religiosa, situada num largo amplo junto à praia de Zambujeira do Mar, perto da vila de São Teotónio. A estrutura da capela é típica da arquitetura religiosa, apresentando paredes brancas com alguns elementos em azul e uma planta composta por nave e sacristia. Está enquadrada num espaço urbano isolado em orla marítima com falésia entre a capela e o mar. A localização do monumento é o seu maior ativo, já que permite uma vista ampla, desafogada e luminosa para Oceano Atlântico através do miradouro. A senhora do mar que dá nome à capela é a padroeira de Zambujeira do Mar e das suas gentes marítimas. Todos os anos a população organiza uma festividade no dia 15 de agosto para prestar tributo à Nossa Senhora do Mar, protetora da região.

Castelo de Cola

O Castelo de Cola é um povoado fortificado da freguesia e cidade de Ourique, que se situa numa posição dominante sobre um outeiro. Trata-se de um terreno arqueológico envolto em algum mistério, uma vez que não existem muitas informações históricas sobre este castelo. Os sinais encontrados neste sítio revelam que a ocupação do local se deve a um castro do período neolítico, caraterístico da Idade do Ferro. Percebe-se com clareza que este povoado teve uma longa ocupação humana, desde a pré-história até à Idade Moderna, passando por domínio romano e islâmico. Tal como outros castelos do distrito de Beja, esta fortificação passou para posse portuguesa no advento da Reconquista Cristã. No século XVI, o castelo foi completamente abandonado por razões desconhecidas e isso está patente nas paredes gastas do fortificado e no excesso de vegetação e flores que envolve o monumento. Como as ruínas se situam numa posição dominante, a vista em plano picado permite-nos obter uma paisagem desimpedida das áreas circundantes. O Castelo de Cola é também conhecido como Cidade de Marrachique ou Castro da Cola e possui um santuário cristão na sua margem, que presta culto a Nossa Senhora da Cola.

Principais vilas e cidades no distrito de Beja


Aljustrel

Aljustrel: é uma vila portuguesa localizada a uma distância aproximada de 40 km de Beja, administrativamente organizada nas cinco freguesias de Aljustrel, Ervidel, Messejana, Rio de Moinhos, e São João de Negrilhos. O concelho de Aljustrel tem por principais atrações a barragem do Roxo, o Castelo de Aljustrel, o Castro de Mangancha, a Ermida de Nossa Senhora do Castelo, a Igreja Matriz, a Igreja de Santa Maria, as minas de Aljustrel e da Faixa Piritosa, a central elétrica, o jardim público, o Museu de Arqueologia, a piscina descoberta, e o Núcleo Rural do Museu Municipal de Ervidel. A gastronomia de Aljustrel é o reflexo de uma região de quem luta diariamente nas minas e nos campos contra a escassez de meios, simples e intensa. São de destacar o gaspacho, o feijão com molhinhos, sopa de legumes, sopa de tomate, peixe frito.

Almodôvar

Almodôvar: é uma vila portuguesa que fica localizada no distrito de Beja entre a serra do Caldeirão e a planície alentejana com aproximadamente 7500 habitantes. Almodôvar tem por produtos principais a cortiça, o mel, o queijo de cabra e a aguardente de medronho silvestre. Na vila de Almodôvar há que realçar o Museu Municipal Severo Portela, o Museu de Escrita do Sudoeste, o Museu Arqueológico e Etnográfico Manuel Vicente Guerreiro, a Estação Arqueológica Mesas do Castelinho. As festas e romarias mais importantes de Almodôvar são a Feira Medieval que se realiza anualmente em abril, a Feira de Artes e Cultura (FACAL) que se realiza anualmente em junho, e a Feira do Cogumelo e Medronho que se realiza anualmente em novembro.

Mértola

Mértola: é uma vila portuguesa situada próximo da fronteira com Espanha. Mértola é a capital nacional da caça, dispõe de 60 Zonas de Caça Turística, 64 Zonas de Caça Associativa e 2 Zonas de Caça Municipais num total de 1279,40 km2, e um local privilegiado para a observação de aves, onde existem quatro percursos sugeridos pela câmara municipal. O Percurso 1 em Mértola, o reduto do Peneireiro-das-Torres, onde podemos observar esta espécie rara e ameaçada de extinção; o Percurso 2 No território da velha mina, onde podemos observar o andorinhão-cafre, a gralha-de-nuca-cinzenta, a águia imperial ibérica, a águia real e o rouxinol bravo; o Percurso 3 situado nas margens do Guadiana, o rio que banha o Alentejo é o habitat favorito de várias espécies de aves, nomeadamente a águia real, o bufo real e a cegonha preta; e o Percurso 4, desde o Pulo do Lobo à Serra de Alcaria, onde podemos observar a águia real, o bufo real, o peneireiro cinzento, o torcicolo, a pega azul e o sisão. Este percurso merece um destaque especial pela Ermida de Nossa Senhora de Aracelis, um autêntico miradouro para observar toda a paisagem envolvente.

  • a visitar em Mértola: destacamos a Mesquita, o Castelo de Mértola, o Núcleo Islâmico, o Núcleo da Basílica Paleocristã, o Núcleo de Tecelagem, o Núcleo Romano, o Núcleo de Arte Sacra, o Núcleo da Achada de São Sebastião, a Forja do Ferreiro, a Torre do Rio, a Torre do Relógio, a mina de São Domingos, o Pulo do Lobo, uma queda de água de 16 metros situada em pleno Parque Natural do Vale do Guadiana, a Praia Fluvial de São Domingos, e o Festival Islâmico, um dos maiores festivais islamicos de Portugal que se realiza anualmente em Maio.
  • História de Mértola: Mértola foi povoada por Iberos, Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos e Árabes. O período de ocupação romana começou no século II a.C., tornando-se um importante entreposto comercial, sendo designada por Iulia Myrtilis. Mértola chegou a ser capital de um pequeno emirado independente, a taifa de Mértola. D Sancho II conquistou Mértola em 1238 e recebeu o primeiro foral em 1512. Nos finais do século XIX esta vila alentejana registou um desenvolvimento económico com as minas de São Domingos. Entre 1961 e 1971 perdeu mais de 50% da população com a diminuição da atividade mineira e nunca mais recuperou.

Serpa

Serpa: é uma cidade portuguesa situada próximo da fronteira com Espanha. Serpa encontra-se a uma distância aproximada de 30 km de Beja. Esta cidade alentejana foi fundada pelos Romanos e conquistada definitivamente aos mouros em 1230. Serpa foi elevada a cidade em 26 de agosto de 2003. O património edificado de destaque em Serpa inclui a Igreja de Santa Maria, a Torre da Horta, a Torre do Relógio, o Palácio de Ficalho, o Museu Municipal de Arqueologico e o Núcleo Intramuros da cidade de Serpa. As principais atrações de património natural em Serpa são o Sítio Guadiana, o Sítio Moura/Barrancos, a zona de Malpique e Vila Nova de São Bento. Serpa apresenta vários produtos regionais, nomeadamente o queijo de Serpa, os vinhos Pias e de Serpa, o azeite, os enchidos, o mel e as azeitonas. As feiras e romarias mais importantes de Serpa são a Feira do Queijo do Alentejo – realiza-se anualmente em fevereiro – e a Festa de Nossa Senhora de Guadalupe – é a festa do concelho e realiza-se anualmente em abril.

Odemira

Odemira: é uma vila portuguesa localizada na costa alentejana. O concelho de Odemira encontra-se integrado no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e na Costa Vicentina. O concelho de Odemira tem como principais atrações o Jardim Ribeirinho do Mira, o Jardim da Fonte Férrea, o Parque das Águas, a Necrópole do Pardieiro, a Ermida de Nossa Senhora do Carmo, a Ermida de Nossa Senhora das Neves, a Igreja matriz de Nossa Senhora da Assunção, a Igreja da Misericórdia, o Cerro do Castelo, o Forte de São Clemente, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, a praia do Malhão, a praia do Farol, a praia da Franquia, a praia das Furnas, a praia da Zambujeira do Mar, a praia do Carvalhal, a praia do Almograve, a Zona Naturista de Alteirinhos, a barragem de Santa Clara, o Cabo Sardão, o porto Lapa das Pombas e Azenha do Mar. As festas e romarias mais importantes de Odemira são "Abril em Odemira" que se realiza anualmente em Abril, o Festival Tassjazz, que se realiza anualmente em Junho e Julho, a Feira do Turismo, que se realiza anualmente em Junho, o Festival Sudoeste, o maior festival de verão em Portugal que se realiza anualmente em Agosto, e a Feira de Caça Maior que se realiza anualmente em Setembro.

Ourique

Ourique: é uma vila e sede de concelho do distrito de Beja que se encontra situada entre a planície alentejana e a serra de Monchique. Ourique é a Capital do Porco Alentejano, uma carne especialidade gastronómica alentejana muito apreciada em grelhados. Ourique foi fundada em 711, ano da invasão árabe da Península Ibérica. A Batalha de Ourique deu-se no dia 25 de julho de 1139 tendo sido decisiva para D Afonso Henriques, aclamado rei de Portugal após ter derrotado cinco reis mouros. Ourique recebeu foral em 1290. O património de Ourique inclui o Castelo de Ourique, as ruínas de Castro da Cola, a Igreja da Misericórdia, o Hospital da Misericórdia e a barragem do Monte da Rocha. A festa mais importante do concelho é a Feira do Porco Alentejano que se realiza anualmente em março.

Breve História de Beja


Beja foi fundada na Idade do Ferro, aumentando de importância durante a ocupação Romana, sendo criada uma colónia romana por Júlio César designada por Pax Julia. Beja transformou-se num grande centro comercial e agrícola durante este período da história. Após a ocupação romana, esta cidade portuguesa foi dominada pelos Visigodos, sendo elevada à categoria de sede episcopal até à invasão dos Árabes em 711, passando a ser uma das cidades mais importantes da Península Ibérica durante os quatro séculos de ocupação muçulmana. Beja foi conquistada de forma definitiva em 1234 e elevada à categoria de cidade em 1525 pelo rei português D João III. Beja foi muito destruída durante as Invasões Francesas entre 1807 e 1811. A partir do século XX viveu um período de desenvolvimento económico com a construção de infraestruturas nas áreas da educação (o novo Liceu em 1937), na área da sáude (o novo Hospital em 1970), judiciais e comerciais. Em 2011 foi inaugurado o Aeroporto de Beja.

Outros temas interessantes relacionados com Beja


Os rios e as serras do distrito de Beja

Os rios mais importantes do distrito de Beja são: o rio Guadiana, com os afluentes Enchoé, Colces e Carreiras e o rio Mira. As serras mais importantes do distrito de Beja são a serra do Mendro, os picos de Aronche, o monte do Cercal e a serra do Caldeirão.

O Cante Alentejano, Património Mundial da UNESCO

O cante alentejano foi classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO a 27 de novembro de 2014 devido a uma candidatura conjunta da Câmara Municipal de Serpa e Entidade Regional de Turismo do Alentejo. O cante alentejano é uma das tradições musicais mais antigas de Portugal, pertencendo ao património coletivo do Alentejo. A letra deste género musical tem letras cantadas que retratam temas sobre os alentejo, nomeadamente as planícies quentes, os trabalhos nos campos, dos santos locais, das aldeias da região e de amor. Este género musical é cantado em coro e sem qualquer instrumento musical, sendo muitas vezes associado aos trabalhadores agrícolas e aos mineiros alentejanos. O primeiro grupo coral de Cante Alentejano apareceu em 1926 nas minas de São Domingos, atualmente desativadas. Não se conhece a origem deste género musical, mas no início do século XX alguns ranchos folclóricos começaram a organizar ensaios nas aldeias alentejanas com coros masculinos locais. A ditadura de Oliveira Salazar promoveu o Cante Alentejano como sendo um bom exemplo da cultura do folclore português, sendo realizados concursos entre os grupos corais de cante. Atualmente os grupos corais não são constituídos só por homens. Existem grupos formados só por mulheres e mistos. No Cante Alentejano, o início é dado pelo "Ponto", com uma voz precisa, seguida do "Alto", alguém com uma voz mais aguda e intensa e, por último o coro. As canções que passaram de geração em geração são atualmente ensinadas na escola.

A gastronomia de Beja

A gastronomia de Beja é o resultado de um clima quente, de uma região dura e com escassos meios para cozinhar. Com o passar do tempo, as várias gerações de alentejanos foram sabendo elaborar pratos de origem simples com produtos da região, nomeadamente o pão, a água e os temperos. A escassez de meios é visível em alguns pratos alentejanos que são hoje muito apreciados, mas que não têm carne ou peixe, como o gaspacho – sopa fria feita com tomate, pepino e pimentão a ser servida em dias quentes no duro verão alentejano. A gastronomia traduz o verdadeiro espírito alentejano, dando vontade de voltar. Os pratos típicos do distrito de Beja incluem especialidades como:

  • Carne de Porco Preto
  • Sopa de beldroegas
  • Açorda de Poejos
  • Açorda à alentejana
  • Ensopado de borrego
  • Migas com carne de porco
  • Mioleira com lombinho
  • Moleja
  • Bolos folhados
  • Bolo podre
  • Queijinhos de hóstia
  • Toucinho do céu
  • Trouxas de ovos
  • Queijos de cabra e ovelha

A economia de Beja


O distrito de Beja tem tido como principais produções agrícolas até à década de 2010 o trigo, a cortiça e a criação de gado. Com o aparecimento da barragem do Alqueva, intensificou-se a agricultura intensiva, nomeadamente o olival, que tem alterado a paisagem alenteja nos últimos anos. Os produtos agrícolas de maior expressão desta região são o vinho e o azeite. As indústrias predominantes do distrito de Beja são a olaria, a extração de mármore e metalomecânicas.
O artesanato no distrito de Beja representa a subsistência de algumas famílias, com tradições e artes ancestrais que ainda contribuem para o desenvolvimento económico da cidade e da região, nomeadamente a cerâmica, a cestaria, as obras em madeira e cortiça, as rendas, e os sapatos. O baixo alentejo foi em tempos um local de grande tradição na produção de sapatos.
O subsolo do Baixo Alentejo é rico em matérias-primas, nomeadamente cobre, granito, estanho, mármore e as pirites.

Projetos e apoios às empresas


Beja encontra-se inserida numa região em franco crescimento e inovação empresarial, sendo de destacar os seguintes projetos:

  • Beja Ecopolis
  • BejaGlobal: parceria que foi realizada a 9 de junho de 2011 com os municípios de Alvito, Beja, Cuba, Ferreira do Alentejo e Vidigueira para promover o Aeroporto de Beja e a região que o rodeia.
  • CEBAL: criação do Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Baixo Alentejo e Litoral
  • Cluster Energético de Beja
  • Cluster Aeronáutico de Beja
  • Cluster “Nova Ruralidade” de Beja
  • Cluster Mobilidade e Transportes
  • Cluster Indústrias Criativas
  • Ninho de empresas NERBE /ERBAL
  • Ninho de empresas Ponto Ótimo
  • Rede de Laboratórios Tecnológicos do concelho de Beja
  • Parque Industrial de Beja

O Turismo em Beja


O turismo apresenta-se como um setor em pleno crescimento na região, desempenhando um papel de destaque na economia do Baixo Alentejo. O distrito tem por principais ofertas turísticas a Cidade Fronteiriça e de Guarnição de Elvas e as Fortificações património da UNESCO, os castelos e aldeias típicas, as pousadas, património religioso, o Cante Alentejano, a gastronomia e vinhos, o montado de sobro, o cavalo Lusitano e a tauromaquia, o Alqueva, o Parque Natural do Vale do Guadiana e as praias do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. A maioria dos turistas estrangeiros é originário de Espanha, França, Brasil, Alemanha e Reino Unido.

Festas e Romarias

As festas e romarias mais importantes de Beja são:

  • Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo: realiza-se anualmente entre março e julho
  • Florir Beja: realiza-se anualmente em maio
  • Beja Romana: realiza-se em maio
  • Festival Internacional de Banda Desenhada: realiza-se anualmente entre maio e junho
  • Ovibeja: realiza-se anualmente em abril e maio
  • Beja Gourmet: realiza-se anualmente em outubro
  • Olivipax: realiza-se anualmente em outubro
  • RuralBeja: realiza-se em outubro
  • Vinipax: realiza-se anualmente em outubro
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